Vídeo mostra momento do nascimento de filhotes de arara-azul em São Paulo
Os filhotes, fruto da união das araras Maria Clara e Francisco, nasceram em fevereiro, terão comemoração especial no próximo domingo (16/03)
O Zoológico de São Paulo celebrou o nascimento de dois novos filhotes da arara-azul-de-lear, uma espécie que integra o Programa de Conservação do Zoo. Os filhotes, fruto da união das araras Maria Clara e Francisco, nasceram nos dias 17 e 20 de fevereiro. A chegada das aves será comemorada no próximo domingo, 16 de março, data que marca o 67º aniversário do Zoológico.
O recinto especial dedicado à arara-azul-de-lear está localizado no Bosque da Conservação e é aberto ao público. A reprodução bem-sucedida da espécie no Zoo de São Paulo reforça o papel pioneiro da instituição, que em 2015 foi a primeira no Brasil a obter êxito na reprodução dessa ave ameaçada de extinção.
De acordo com um censo populacional realizado em 2024, pelo Grupo de Pesquisa e Conservação da Arara-Azul-de-Lear, em parceria com o ICMBio e outras instituições, a população da espécie na natureza apresentou um crescimento significativo. O nascimento dos filhotes no zoológico é um marco importante para a preservação da arara-azul-de-lear.
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O sexo dos filhotes ainda é desconhecido e será determinado por meio de um exame de DNA quando as primeiras penas começarem a aparecer. A nova geração de araras-azuis-de-lear reforça o compromisso do Zoológico de São Paulo com a preservação da biodiversidade e a conservação das espécies ameaçadas.
Arara-azul-de-lear no Zoo de SP
A arara-azul-de-lear esteve à beira da extinção nos anos 90, principalmente devido ao tráfico de animais silvestres. Em 2019, um censo populacional revelou que apenas dois exemplares foram identificados na região do Boqueirão da Onça, na Bahia. No entanto, em 2022, o número subiu para 2.273, e em 2024, chegou a 2.548.
Até novembro do ano passado, o Zoológico de São Paulo registrou o nascimento de 19 indivíduos da espécie, conforme informou a bióloga Fernanda Guiza. Além disso, cinco aves foram reintroduzidas em seu habitat natural. O recinto da arara-azul-de-lear está localizado próximo ao espaço da ararinha-azul, inaugurado em novembro.
“Graças ao cuidado sob supervisão humana, ao trabalho de pesquisadores, zoológicos e criadores, conseguimos preservar diversas espécies que, infelizmente, correm risco de extinção no Brasil”, afirmou Fernanda.