Tragédia no RS entra para a lista de maiores desastres naturais do Brasil; veja a lista
Outros cinco eventos catastróficos causados por fortes chuvas foram registrados no Brasil
A chamada "tragédia do Rio Grande do Sul", temporais que já fizeram mais de 130 vítimas desde o final de abril, é considerada um dos maiores desastres naturais da história do Brasil no século 21, segundo o Atlas Digital de Desastres no Brasil, do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), com dados de 1991 a 2022.
A pesquisa, feita pelo portal Valor Econômico com informações do Conselho Nacional dos Municípios (CNM), listou seis dos principais desastres naturais do país, sendo eles:
- Região serrana do Rio de janeiro (2011)
- Vale do Itajaí (2008)
- Petrópolis (2022)
- Pernambuco (2023)
- Rio Grande do Sul (2024)
- Minas Gerais (2020)
Entenda cada um dos eventos:
1- Região serrana do Rio de janeiro (2011)
De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o maior desastre ambiental da história do Brasil aconteceu no estado do Rio de Janeiro em 2011.
Um deslizamento causado por fortes chuvas na região serrana do Rio de Janeiro deixou 947 mortos e mais de 300 desaparecidos.
Os municípios mais afetados foram Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis.
2- Vale do Itajaí (2008)
Em novembro de 2008, Santa Catarina sofreu com fortes chuvas que duraram cerca de três meses, atingindo mais de 2 milhões de catarinenses.
Segundo a Defesa Civil do estado, 135 pessoas morreram. 78 mil ficaram desabrigadas e 63 municípios decretaram Situação de Estado de Emergência.
3- Petrópolis (2022)
No Rio de Janeiro, a cidade de Petrópolis, em março de 2022, registrou diversos deslizamentos de terra causados por fortes chuvas na região.
Segundo dados divulgados por autoridades à frente da situação, 233 pessoas morreram, mais de mil pessoas ficaram desabrigadas e outras 330 mil foram afetadas pelas chuvas.
Foram registrados 775 deslizamentos de terra, além de diversas ruas alagadas. As áreas mais atingidas foram Alto da Serra, Morro da Oficina, Sargento Boening, Chácara Flora e Vila Felipe.
4- Pernambuco (2023)
Entre maio e junho de 2023, 130 pessoas morreram nos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba, em decorrência de deslizamentos e inundações repentinas por conta de chuvas.
Ao todo, 14 municípios decretaram situação de emergência: Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Macaparana, Moreno, Nazaré, Olinda, Paudalho, Paulista, Recife, São José da Coroa Grande, São Vicente Ferrer e Timbauba.
5- Rio Grande do Sul (2024)
Diversas regiões do Rio Grande do Sul sofreram, desde o dia 27 de abril, com fortes alagamentos, deixando cidades inteiras debaixo d'água. As inundações são reflexo da quantidade elevada de chuva sob efeito do El Niño e são também uma das consequências dos efeitos das mudanças climáticas no mundo.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul aponta que há 1,9 milhão de pessoas impactadas pelas fortes chuvas dos últimos dias. Há, ainda, 113 mortos, 756 feridos e 146 desaparecidos, até a manhã do dia 10 de maio de 2024.
6- Minas Gerais (2020)
Em janeiro de 2020, Belo Horizonte teve o janeiro mais chuvoso de sua história, acumulando mais de 935 milímetros de precipitação, o triplo da média histórica.
As chuvas no estado se estenderam de outubro de 2019 até março de 2020, contabilizando 74 mortes em 33 municípios durante o período, de acordo com dados da Defesa Civil do estado.
Em termos de óbitos, os municípios mais afetados foram Belo Horizonte (14), Ibirité ( 6) e Betim (6). A maioria das mortes decorreu de deslizamentos, enxurradas e soterramentos. Cerca de 274 municípios declararam estado de emergência à época.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com
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