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Telegram: após pedido de bloqueio, dono do aplicativo pede desculpas e admite ‘negligência’

A suspensão do app, no Brasil, foi uma solicitação da Polícia Federal e atendida pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal

Rayanne Bulhões
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O dono do aplicativo de mensagens Telegram, Pavel Valerievitch Durov, admitiu falha de comunicação pela demora na resposta ao pedido de suspensão do aplicativo, por parte do Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um artigo, no próprio canal do app, o programador russo e fundador da plataforma disse que informou o erro e ele foi fruto de uma "negligência" da empresa.

"Parece que tivemos um problema com e-mails entre nossos endereços corporativos do telegram.org e o Supremo Tribunal Federal. Como resultado dessa falha de comunicação, a Corte decidiu proibir o Telegram por não ser responsivo", reportou. "Em nome de nossa equipe, peço desculpas ao Supremo Tribunal Federal por nossa negligência. Definitivamente, poderíamos ter feito um trabalho melhor", disse Durov.

Durov informou, ainda, que a empresa enviou à Justiça brasileira uma sugestão de repassar futuras solicitações para um e-mail dedicado a isso.

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Entenda o caso

A ordem de bloqueio ainda está na fase de cumprimento e as empresas estão sendo notificadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A decisão atende a um pedido da Polícia Federal, com a afirmativa de que o aplicativo não atende as decisões judiciais para bloqueio de perfis apontados como disseminadores de informações falsas. 

O pedido ainda pontua que o Telegram é conhecido pela postura de não colaborar com autoridades judiciais e policiais de vários países. 

É possível burlar o bloqueio determinado pelo STF?

Sim, existem opções que usam ferramentas como VPN ou proxy para tentar contornar o bloqueio ordenado pelo STF a pedido da Polícia Federal. No entanto, Moraes determinou uma multa diária no valor de R$ 100 mil para as pessoas e empresas que não cumprirem com o bloqueio do aplicativo. 

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