Supostos filhotes de cachorro com gata causam comoção na web; saiba se cruzamento é possível
O caso repercutiu na internet e gerou curiosidade entre os internautas sobre a veracidade. Entenda o que especialistas dizem sobre o cruzamento entre o cachorro raça pinscher e uma gata
De acordo com um vídeo que tem circulado nas redes sociais, um suposto acontecimento inédito teria acontecido em uma comunidade no distrito de Humildes, em Feira de Santana, na Bahia. Uma moradora local afirmou que sua gata teria dado à luz a filhotes fruto de um cruzamento com um cachorro da raça pinscher.
A dona de casa Jaqueline de Jesus Oliveira, mais conhecida como Kelly, disse aos veículos de comunicação locais que os três filhotes, nascidos na última terça-feira (12), teriam características do cachorro. “Eu estava dando o almoço das meninas e vi a gata miando muito alto, fui ver o que estava acontecendo. Quando fui lá fora, a gata se virando no chão e, estava parindo os filhotes. O primeiro filhote, eu já achei estranho, pois tinha a mesma aparência de Pirulito [cachorro]. Quando saiu o segundo, tive a certeza e depois nasceu o terceiro”, contou Kelly.
Confira o relato:
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Ainda segundo ela, o primeiro filhote morreu no mesmo dia. Os outros dois resistiram por mais algumas horas, mas também não sobreviveram. “Tentei de tudo, até coloquei a gata em um quartinho para ver se ela amamentava, mas não deu certo”, lamentou.
Afinal, é possível uma gata ter filhotes de um cachorro?
O caso repercutiu na internet e gerou curiosidade entre os internautas sobre a veracidade. Procurado pela Redação Integrada de O Liberal, o médico veterinário Thiago Rossy afirmou que o acasalamento com geração de filhotes entre animais de espécies diferentes não é possível.
“Apesar de toda ‘comoção’ em relação ao caso, e por mais que as pessoas queiram que isso seja um fato inédito, ou seja, que seja verdade, é biologicamente impossível que espécies distintas gerem descendentes”, disse Rossy.
O veterinário ainda citou como exemplo o cruzamento entre as espécies mula e cavalo, que apesar de gerar descendentes, estes nascem inférteis. “Porém, ambos são equídeos, não podemos extrapolar isso para o cruzamento entre um canino e um felino”, concluiu o veterinário.
(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)
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