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Rodoviários do transporte coletivo público de São Paulo entram em greve

A paralisação iniciou após a categoria rejeitar a proposta de reajuste salarial oferecida pelas empresas do setor

Carolina Mota

Usuários do transporte coletivo de São Paulo foram surpreendidos, na manhã desta terça-feira (14), com uma suspensão do serviço, causando transtornos a quem precisa do transporte. As informações são do G1 SP.

A paralisação iniciou após a categoria rejeitar a proposta de reajuste salarial orefecida pelas empresas do setor. O sindicato pede reajuste de 12,47% a partir de maio e as empresas querem pagar a partir de outubro. A categoria também reivindica que o mesmo reajuste seja aplicado ao vale-refeição e à Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

A prefeitura de SP decidiu suspender o rodízio municipal de veículos por um período de 24h, retornando na quarta-feira (15). A greve afetou um total de 6.469 ônibus, que ligam as periferias da cidade aos grandes terminais. 

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A SPTrans afirma que o sindicato não cumpriu a determinação do TRT de manutenção de 80% da frota no horário de pico, e que irá cobrar o valor de R$ 50 mil de multa diária, mas que os ônibus do sistema local (de menor capacidade) estão circulando normalmente.

Uma reunião com os responsáveis, mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho, está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (15), às 15h.

Entretanto, o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) disse que irá encaminhar ao Tribunal Regional do Trabalho um pedido de antecipação do julgamento para esta terça (14), para evitar novos transtornos aos passageiros no pico da tarde.

Em nota, o presidente do Sindicados dos motoristas, Valmir Santana da Paz, disse que o reajuste não supre as necessidades dos colaboradores.

“A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste, e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro, o que é inadmissível. Sem o merecido reconhecimento, motoristas, cobradores e profissionais da manutenção cruzarão os braços nesta terça”

Já o sindicato das empresas do setor declarou que não houve acordo estabelecido na conversa entre os interessados.

"Não houve acordo na reunião de hoje, no TRT. O sindicato patronal, o SPUrbanuss, ofereceu 12,47% de reajuste nos salários e tíquete refeição, a partir de outubro. Eles querem a partir de maio, data-base. Também insistem no PLR e 100% hora extra. Não há proposta patronal nesse sentido. Ficou marcado o julgamento do dissídio para quarta-feira, com o juiz mantendo a liminar já dada à SPTrans de 80% da frota operando nos horários de pico, em caso de paralisação", disse, em nota.

O serviço de ônibus metropolitano gerenciado pela EMTU na Grande São Paulo tem operação normal nesta terça-feira (14).

Carolina Mota, Estagiária sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política.

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