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Questões de concurso são anuladas por apresentarem conteúdo machista

As questões perteciam a uma prova aplicada em Macaé, no Rio de Janeiro. Os candidatos que participaram do concurso imediatamente expressaram sua indignação através das redes sociais

Beatriz Rodrigues

Uma prova de concurso público aplicada em Macaé, no Rio de Janeiro, no último domingo (13/10), teve duas questões anuladas por apresentarem conteúdos misóginos e machistas.

As questões foram elaboradas pela banca da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e de acordo com a prefeitura de Macaé, as perguntas anuladas pertenciam à prova de Língua Portuguesa, aplicada para cargos de professor.

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A primeira questão, apontada como preconceituosa, pedia para o candidato assinalar "a frase que não contém uma crítica ao fato de a mulher falar demais". Em uma outra, os candidatos tinham que analisar frases comparativas. Entre as alternativas, estavam as afirmações "mulher é como um defeito da natureza" e "as mulheres são como robôs: têm no cérebro uma célula de menos e, no coração, um célula a mais".

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Candidatos que participaram do concurso imediatamente expressaram sua indignação através das redes sociais. Um deles chegou a dizer que fez a prova com a "maior tristeza". Outra afirmou não ter comentários para as questões que as provas tiveram. Agentes políticos, como a vereadora Iza Vicente, também se manifestaram sobre a questão.

Confira alguns comentários





A Prefeitura de Macaé declarou, em nota, que repudia qualquer conteúdo ofensivo nas questões das provas do concurso, realizado nas cidades de Macaé, Rio de Janeiro e Campos dos Goytacazes.

"Vale ressaltar que, cumprindo a lisura do processo e os critérios de confidencialidade, as questões de prova não são aprovadas previamente pela prefeitura, sendo restritas à banca Examinadora, a FGV. A Prefeitura de Macaé já solicitou posicionamento oficial do órgão", disse o comunicado.

A entidade também explicou que não analisa nem aprova as questões, que, por causa de critérios de confidencialidade, ficam restritas à banca da FGV.

Ao anular as questões, a FGV afirmou que as perguntas não estavam ”alinhadas aos princípios da Fundação”, e destacou que “a respectiva classificação será atribuída a todos os candidatos”.

(*Beatriz Rodrigues, estagiária sob supervisão da coordenadora de Oliberal.com, Heloá Canali)

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