Quem é Rinado Luiz de Seixas Pereira, o Rina, da Igreja Evangélica Bola de Neve
O pastor Rina foi um dos principais líderes evangélicos brasileiros e fundador da Bola de Neve Church, uma das igrejas que mais crescem no Brasil nos últimos anos
Rinado Luiz de Seixas Pereira, mais conhecido como Rina, que morreu neste domingo (17), foi um nome de destaque no meio evangélico brasileiro. Fundador da Bola de Neve, uma das igrejas mais inovadoras do Brasil, ele é responsável por liderar uma comunidade cristã que atrai milhares de fiéis em várias cidades. Natural de São Paulo, Rina se destacou por sua visão diferenciada sobre o cristianismo, unindo elementos do culto tradicional com uma abordagem mais contemporânea, focada na juventude e em um ambiente acolhedor.
A Bola de Neve, fundada em 1999, foi criada com o objetivo de proporcionar um espaço onde as pessoas pudessem viver sua fé de maneira mais livre e sem os padrões rígidos de algumas igrejas tradicionais. Além disso, Rina teve como marca pessoal a ênfase na cultura jovem, no uso de novas tecnologias e na inclusão social, fatores que contribuíram para o crescimento e expansão da igreja, que já possui filiais em várias regiões do Brasil e no exterior.
Com seu estilo carismático e inovador, Rina também se destacou por sua abordagem pastoral e pelo compromisso com a prática do evangelho no dia a dia. Seu trabalho evangelístico ia além dos púlpitos, com projetos sociais, programas de apoio a comunidades carentes e ações de evangelismo nas ruas.
Denúncias de violência doméstica
Em junho de 2023, o nome de Rina foi envolvido em uma grave polêmica após denúncias de violência doméstica. Sua esposa, a pastora e cantora gospel Denise Seixas, obteve uma medida protetiva na Justiça de São Paulo, alegando ter sofrido agressões físicas e psicológicas durante todo o relacionamento, além de ameaças, injúrias e difamações. As denúncias causaram grande repercussão, levando à decisão da igreja de afastar Rina de suas funções.
A liderança da Bola de Neve anunciou o afastamento do pastor em um comunicado oficial, destacando que a medida visava dar a ele o tempo necessário para esclarecer as acusações e também se dedicar à sua saúde e à de sua família.
Em resposta às acusações, Rinaldo Pereira negou, por meio de sua assessoria de imprensa, qualquer envolvimento em práticas violentas, afirmando confiar na apuração do caso pelas autoridades competentes. A igreja, em seu posicionamento, enfatizou a criação de um canal de ouvidoria para investigar possíveis falhas ou má conduta, reafirmando seu compromisso com a transparência. Em julho, o caso ganhou novos desdobramentos quando a Justiça determinou que Rinaldo entregasse todas as armas que possuía, em cumprimento a uma ordem judicial que envolvia a segurança da vítima. Este episódio trouxe à tona discussões sobre a responsabilidade de líderes religiosos e o impacto das acusações de violência doméstica, especialmente em uma igreja que se destaca pelo grande número de seguidores no Brasil e no exterior.