'Que nossos jovens sejam humanistas e não algoritmos', diz Lula após proibir celulares em escolas
Lei sancionada em janeiro já entrou em vigor no ano letivo de 2025
Nesta sexta-feira (14), durante seu discurso em Belém, no evento sobre a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas ao uso excessivo das redes sociais e celulares, especialmente entre os jovens. O presidente aproveitou a ocasião para defender a recente lei que restringe o uso de celulares nas escolas.
Ao abordar o impacto das fake news e a distração causada pelos dispositivos móveis, Lula justificou a nova legislação: "É por isso que fizemos uma lei proibindo telefone celular na sala de aula. As crianças vão para a sala de aula para estudar, e se estiverem com o telefone celular, o professor está falando e ninguém está prestando atenção", afirmou.
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O presidente também destacou a importância de resgatar valores humanistas em meio à era digital. "Nós queremos que os nossos jovens sejam humanistas e não algoritmos. Nós queremos mais humanismo nesse mundo, mais amor, mais fraternidade, mais solidariedade", disse Lula.
Além disso, ele alertou para os riscos do uso contínuo dos celulares no dia a dia. "Vocês vão virar algoritmos e vão ficar dependentes. É uma dependência digital que não faz bem para a saúde", acrescentou.
Sobre a lei que restringe uso de celulares em escolas
A nova legislação, sancionada por Lula em janeiro de 2025, estabelece limites para o uso de celulares em instituições de ensino público e privado no Brasil. A medida, aprovada pelo Congresso Nacional, define regras para a utilização de smartphones por alunos da educação básica, abrangendo a pré-escola, ensino fundamental e médio. A medida já está em vigor no ano letivo.
De acordo com o texto da lei, os estudantes poderão portar celulares nas escolas, mas a utilização será restrita a casos específicos, como:
- Situações de emergência, condições de saúde ou força maior;
- Atividades pedagógicas, sob a orientação de professores;
- Acessibilidade e inclusão de estudantes com necessidades especiais;
- Garantia de direitos fundamentais ou atendimento a questões de saúde.