Professores da USP mantêm paralisação em apoio aos estudantes
Os alunos da Universidade de São Paulo estão em greve desde o dia 21 de setembro –eles pedem a contratação de mais docentes e melhorias em medidas que garantam a permanência estudantil.
Na quinta-feira (5), a Associação de Docentes da Universidade de São Paulo decidiu manter até o próximo dia 10 a paralisação em apoio à greve dos estudantes da USP. Na data, será realizada uma nova assembleia. Os alunos da Universidade de São Paulo estão em greve desde o dia 21 de setembro –eles pedem a contratação de mais docentes e melhorias em medidas que garantam a permanência estudantil. Em nota, a Adusp afirmou que “que houve avanço nas negociações”, mas “há possibilidade de progressos”
A greve dos estudantes iniciou com alunos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) e se estendeu para outros centros. Conforme o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP, os alunos pedem a volta do chamado “gatilho automático”, que garantia a reposição imediata de professores que se aposentassem, fossem demitidos ou morressem. Os estudantes querem o fim do edital de méritos. De acordo com eles, o edital destina uma parcela das vagas “para uma lógica de concorrência entre unidades e cursos baseada em critérios mercadológicos de avaliação de ensino e pesquisa”. Para o DCE, essa medida faz com que “cursos sem apelo ao mercado, como os das Humanidades e das Artes, sejam prejudicados e recebam menos contratações”. Os alunos querem a reformulação do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE) que fornece auxílio financeiro a estudantes. O DCE disse que o valor atual “não leva em conta as especificidades de cada campus” e faz com que “a permanência na USP continue sendo excludente”
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