Professora tira roupa em forma de protesto contra racismo em supermercado; vídeo
Isabel chegou a ligar para a Delegacia, porém disseram que “o segurança andar pelo mercado não se configura como racismo".
Uma professora tirou as roupas para protestar contra o racismo em uma rede de supermercado, em Curitiba (PR). Isabel Oliveira, de 43 anos, disse que foi seguida pelo segurança enquanto comprava leite para a filha. O caso aconteceu no último sábado (8).
Izabel chegou a sair sem fazer as compras, mas retornou com o marido e tirou as roupas, ficando apenas de calcinha e sutiã, como forma de protesto e, segundo ela, também para mostrar que não oferecia perigo. Isabel chegou a ligar para a Delegacia, porém disseram que “o segurança andar pelo mercado não se configura como racismo".
“Fui tratada como se fosse uma marginal, fiquei sendo seguida pelo segurança do supermercado por mais de meia hora. Isso não pode ser normal”, denunciou em vídeo, aos prantos.
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Nos vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a professora fica seminua em protesto após ser seguida por um segurança do estabelecimento. A professora escreveu em seu corpo a frase "Sou uma ameaça?".
“Eu tive que fazer um escândalo dentro do mercado, gritando e pedindo para ser tratada com dignidade. E aí agora eu tenho”, disse a docente.
Pelas redes sociais, a professora chegou a relatar o ocorrido.
Denuncia formalizada
Um boletim de ocorrência foi realizado, nesta segunda-feira (10), na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil. O funcionário envolvido foi afastado das funções. O presidente Lula se manifestou sobre o caso pedindo medidas contra o racismo no Brasil.
O que diz o Carrefour sobre o caso de racismo
Em nota, o Carrefour informou que não tolera “qualquer tipo de racismo” e que irá apurar o caso. Veja a nota na íntegra abaixo:
“O Grupo Carrefour Brasil está completamente comprometido com uma total transparência e segue postura de tolerância zero contra qualquer tipo de racismo. A companhia abriu apuração interna sobre o caso e suspendeu o funcionário indicado pela senhora Isabel durante esse período de investigação. Imagens internas das câmeras da loja serão disponibilizadas às autoridades.