Prisão de anestesista estuprador é convertida em preventiva e ele vai para Bangu
Giovanni Quintella Bezerra ficará sozinho em uma cela; mais cinco outros possíveis casos são investigados
Após passar por audiência de custódia na tarde desta terça-feira (12), o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, teve a prisão convertida de flagrante para preventiva. O médico foi preso acusado de estupro de vulnerável, ao abusar de uma mulher sedada na hora do parto. A delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher, investiga se há pelo menos mais cinco vítimas. As informações são do G1 Rio de Janeiro.
“A gravidade da conduta é extremamente acentuada. Tamanha era a ousadia e intenção do custodiado de satisfazer a lascívia, que praticava a conduta dentro de hospital, com a presença de toda a equipe médica, em meio a um procedimento cirúrgico. Portanto, sequer a presença de outros profissionais foi capaz de demover o preso da repugnante ação, que contou com a absoluta vulnerabilidade da vítima, condição sobre a qual o autor mantinha sob o seu exclusivo controle, já que ministrava sedativos em doses que assegurassem a absoluta incapacidade de resistir”, afirmou a juíza Rachel Assad.
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A magistrada destacou ainda que no momento do abuso, a mulher, “além de anestesiada, dava luz ao seu filho – em um dos prováveis momentos mais importantes de sua vida – o custodiado, valendo-se de sua profissão, viola todos os direitos que ela tinha sobre si mesma. Portanto, o dia do nascimento de seu filho será marcado pelo trauma decorrente da brutal conduta por ele praticada, o que será recordado em todos os aniversários”, completou.
"São três casos do dia 10 de julho, mais três que nós ouvimos hoje (terça-feira), de pessoas que nos procuraram - uma até de outro hospital. Contando com o que resultou no flagrante, são seis que investigamos", disse a delegada nesta terça.
A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que Giovanni seria encaminhado para o presídio Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó, onde ficará sozinho em uma cela, já que tem diploma de nível superior.
Com a prisão agora preventiva, o médico ficará preso por tempo indeterminado, tendo sua situação reavaliada se ultrapassar 90 dias.