PMs se recusam a participar de reconstituição do caso Ágatha
Mesmo sem a participação dos policiais, orientada pelos advogados de defesa, o DGHPP deu prosseguimento à reprodução do ocorrido
Por orientação da defesa, os 11 policiais militares envolvidos, direta ou indiretamente, na morte da menina Ágatha Félix, se recusaram a participar da reconstituição do momento da morte da menor, realizada na noite desta terça-feira (1º), no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro. A mãe de Ágattha, Vanessa Sales, também não compareceu, pois não estava passando bem.
Ágatha, que tinha 8 anos, morreu baleada, na noite do dia 20 de setembro, com um tiro nas costas, quando estava dentro de uma kombi na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, acompanhada da mãe.
O diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo, disse que a reconstituição poderá revelar se havia troca de tiros no momento da morte de Ágatha, conforme sustentam os policiais militares, ou não, conforme relatos de testemunhas.
"Nós esperamos chegar à conclusão sobre quem efetuou o disparo que matou a menina Ágatha. Nós queremos confrontar as versões apresentadas em sede policial com o que nós podemos presenciar aqui no local. A ideia é saber se houve confronto ou não", disse o delegado, momentos antes de iniciar a reconstituição.
A kombi que transportava a menina e sua mãe, além de outros passageiros, foi levada ao local. Para garantir a segurança durante a perícia, foi mobilizado um contingente de 70 policiais civis e três carros blindados, conhecidos como caveirões.