PIS/Pasep: MPF investiga desvio de recursos superior a R$ 26 bilhões
A investigação é referente aos quatro anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro; pagamento do abono salarial foi suspenso durante a pandemia para pagamento do Benefício Emergencial
Todos os anos, milhões de trabalhadores brasileiros recebem o abono salarial do PIS/Pasep, que remunera com um salário mínimo os cidadãos. Durante a pandemia, o pagamento do benefício foi suspenso, para utilização dos recursos para o pagamento do Benefício Emergencial. Entretanto, o Ministério Público Federal (MPF) está investigando um possível rombo de mais de R$ 26 bilhões durante o período.
VEJA MAIS
O abono salarial era costumeiramente pago no ano seguinte ao ano base. Entretanto, com a suspensão do benefício, o intervalo agora é de dois anos. Ou seja: o pagamento em 2023 é referente ao ano-base de 2021. A mudança foi motivada pelo uso do recurso no Benefício Emergencial, que pagou metade do salário dos trabalhadores para evitar a dispensa durante a pandemia de covid-19.
Apesar disso, a suspensão do pagamento do abono salarial não é o motivo da investigação do MPF. Uma denúncia revelou que parte dos recursos retirados do fundo do PIS/Pasep foram utilizados com outras finalidades, além das já citadas anteriormente. Segundo a revista Veja, um inquérito foi aberto para a realização de investigações sobre os desvios desde o início do mês de março.
Não foram revelados os nomes dos investigados, que faziam parte do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. A ideia da investigação é esclarecer de que forma o recurso foi utilizado nos últimos quatro anos. A suspeita é de que R$ 26,4 bilhões foram desviados.
(Estagiário Gabriel Mansur, sob supervisão do editor executivo de OLiberal.com, Carlos Fellip)
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA