PF acusa direção atual da Abin de interferir na investigação sobre espionagem ilegal
Para PF, "a direção atual da Abin realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação"
No pedido apresentado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes para realizar uma operação contra a suposta espionagem ilegal praticada na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal afirmou que a atual direção da Agência "realizou ações que interferiram no bom andamento da investigação". Número dois da Abin, Alessandro Moretti foi o nome citado no pedido. De acordo com a PF, em reunião com investigados, Moretti afirmou que a apuração sobre o caso tinha "fundo político e iria passar".
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"Não é postura esperada de Delegado de Polícia Federal que, até dezembro de 2022, ocupava a função de Diretor de Inteligência da Polícia Federal cuja essa unidade –Divisão de Operações de Inteligência– lhe era subordinada", disse o órgão.
A Operação Vigilância Aproximada, deflagrada nesta quinta-feira, investiga suporta organização criminosa que se instalou no órgão com o objetivo "de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial", segundo a Polícia Federal.
Foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1). Entre os alvos desta operação, está o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a Abin no governo Jair Bolsonaro (PL).