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Pesquisador brasileiro é investigado por fraudar 34 artigos científicos; entenda o caso

Biólogo teria usado nomes de outros cientistas, sem o conhecimento deles, para revisar os próprios estudos

Juliana Maia

O pesquisador brasileiro Guilherme Malafaia Pinto é investigado por suspeita de fraudar 34 artigos científicos. Segundo as investigações, o biólogo teria usado os nomes de cientistas, sem o conhecimento deles, para revisar e aprovar seus próprios artigos publicados em revistas científicas.

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Após a denúncia de fraude, todos os trabalhos foram cancelados. Outros 13 estão sob análise, segundo a plataforma Retraction Watch.

Pelo menos três nomes de pesquisadores indicados por Malafaia confirmaram não ter conhecimento dos endereços de e-mails apresentados pelo pesquisador brasileiro. Na lista, estão os cientistas Michael Bertram, Olga Kovalchuk e Graham Scott.

Veja a nota da revista:

“Uma revisão foi enviada sob o nome de um cientista conhecido sem seu conhecimento. O nome e os detalhes de contato fictícios do revisor foram enviados pelo Autor Correspondente Guilherme Malafaia durante o processo de submissão do manuscrito.

Embora o artigo tenha sido revisado por revisores adicionais escolhidos pelo editor, essa violação comprometeu o processo editorial. Os editores-chefes perderam a confiança na validade/integridade do artigo e suas descobertas e determinaram que ele deveria ser retratado."

O que diz o biólogo

Malafaia negou todas as acusações em uma carta aberta de 28 páginas. O goiano afirma ter sido vítima de um hacker que invadiu sua conta.

“Olhando o histórico de e-mail, percebi que recebi desde 2018 mais de 50 alertas da Microsoft de solicitações de código de uso único, indicando tentativas de acessar minha conta sem autorização. Após consultar a empresa formalmente, fui informado de que hackers estavam por trás dessas tentativas. Além disso, o Google reporta que minhas credenciais, incluindo e-mails e senhas, foram achados em mais de 23 sites da dark web”, escreveu.

 

Brasil