Pastores são presos por usar igrejas para lavar dinheiro do PCC

Esquema teria movimentado mais de R$ 23 milhões, segundo a polícia

Emilly Melo
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Um casal de pastores foi preso por suspeita de lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) em igrejas evangélicas, em Sorocaba, interior de São Paulo. A operação foi deflagrada na terça-feira (14) pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte com apoio do MP paulista.

O Ministério Público de São Paulo informou que a dupla foi responsável por abrir sete igrejas, usadas para as atividades ilícitas. Os templos evangélicos foram abertos nos estados de São Paulo e Rio Grande do Norte. Eles foram presos em um condomínio de luxo da região.

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A segunda fase da operação “Apate II”, da Polícia Civil, investiga a conduta de grupo financeiro, situado na capital paraense, que supostamente recebia dinheiro proveniente do tráfico de drogas de outros Estados

A investigação, batizada como Operação Plata, apontou que o esquema teria movimentado mais de R$ 23 milhões. A origem da quantia foi encoberta por meio da compra de imóveis, fazendas e rebanhos bovinos.

O homem, conhecido como Pastor Junior, é irmão de um dos chefes do PCC, que tem o apelido de “Colorido” e está preso atualmente na Penitenciária Federal de Brasília.

As investigações do MPRN apontam ainda que os irmãos mantêm um esquema de lavagem de dinheiro há pelo menos duas décadas, com envolvimento de parentes e outros comparsas fora da família.

Ao lado da mulher, Pastor Junior é investigado por constituir um patrimônio de mais de R$ 6 milhões, valor incompatível com seus rendimentos declarados do casal.

Ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão e outros 43 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará, Paraíba e no Distrito Federal.

(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)

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