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Eleições 2024: Parentes de vítimas de crimes que abalaram o Brasil são eleitos; veja quem

Familiares das vítimas de casos que chocaram o Brasil foram alguns dos mais votados de seus municípios

Hannah Franco

Nas eleições municipais deste domingo (6), parentes de vítimas de crimes que chocaram o Brasil foram eleitas vereadores em diferentes cidades do país. Com propostas voltadas para a defesa dos direitos humanos, das vítimas de violência e dos direitos infantis, esses novos vereadores estão entre os mais votados de seus municípios.

Entre os eleitos estão Leniel Borel (PP-RJ), pai do menino Henry Borel; Ana Carolina Oliveira (Podemos-SP), mãe de Isabela Nardoni; e Mônica Benício (PSOL-RJ), viúva da vereadora Marielle Franco. Todos enfrentaram, em suas vidas pessoais, crimes que continuam marcados na memória dos brasileiros, e decidiram ingressar na política como forma de lutar por justiça e evitar que outras famílias passem pelas mesmas tragédias.

Pai do menino Henry Borel

Leniel Borel (PP-RJ), pai do menino Henry Borel, foi eleito vereador do Rio de Janeiro com 34.359 votos. Leniel ganhou notoriedade em 2021 após a trágica morte de seu filho, Henry, de apenas 4 anos. A mãe do menino, Monique Medeiros, e seu ex-namorado, o ex-vereador Jairinho, foram presos, acusados de envolvimento no crime.

Ana Carolina Oliveira (Podemos-SP), mãe de Isabella Nardoni, foi a segunda vereadora mais votada em São Paulo, com 129.563 votos. Ana Carolina tornou-se uma figura pública em 2008, quando sua filha, Isabella, de 5 anos, foi morta após ser jogada do sexto andar de um prédio. O pai da menina, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram condenados pelo crime.

Desde então, Ana Carolina tem se posicionado contra a violência infantil e as brechas nas leis penais, especialmente no que diz respeito à saída temporária de presos. Ao se candidatar, ela prometeu lutar pelo combate à violência infantil e dar voz às crianças vítimas de abusos.

Mônica Benício (PSOL-RJ), viúva da vereadora Marielle Franco, foi reeleita para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro com 25.382 votos. Mônica, que já havia sido eleita em 2020, continua sua trajetória política em defesa dos direitos humanos e da memória de Marielle, assassinada em 2018 em um crime que abalou o Brasil.

Sua reeleição ocorre em um cenário significativo, em que dois membros da Família Brazão, Kaio (Republicanos) e Waldir (União Brasil), foram derrotados. A família Brazão tem ligação com a investigação do assassinato de Marielle, sendo que Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos sob acusação de planejar o homicídio.

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*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)

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