Paraense está entre as vítimas das enchentes no Vale do Taquari (RS)
Maria da Conceição Alves da Silva, 50 anos, natural de Bragança, caiu de uma altura de 20 metros sobre o rio após o cabo que a transportava de helicóptero se romper
A paraense Maria da Conceição Alves da Silva, 50 anos, natural de Bragança, na região do Salgado paraense, é uma das 50 vítimas mortas durante as enchentes que atingiram o Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, no início de setembro. No dia 5 daquele mês, ela morreu no momento em que estava sendo resgatada pelo telhado de sua casa, em Lajeado. Maria caiu de uma altura de 20 metros sobre o rio após o cabo que a transportava de helicóptero se romper. O corpo dela foi velado em uma capela ecumênica, em Lajeado, no dia 6 de setembro, e cremado em Venâncio Aires, no mesmo dia.
A vítima, considerada cozinheira de mão cheia, era casada com o caminhoneiro gaúcho Milton Silva, o “Presença”. Ambos se conheceram durante uma das viagens feitas pelo homem ao Norte do país. Em 2004, a paraense adotou o RS como lar. Ela deixou quatro filhos ainda do primeiro relacionamento.
No próximo dia 17 de outubro, Maria e Milton completariam quatro anos do matrimônio oficial. Mas, a tragédia que assolou o Vale do Taquari chegou ao lar da família, impedindo a comemoração. Por conta das inundações, os dois estavam sobre o telhado à espera do resgate.
Presença indicou a esposa para o primeiro salvamento quando o helicóptero se aproximou. O cabo de aço que sustentava Maria e o sargento da Brigada Militar, Tiago Augusto Bastiani, sobre o Rio Taquari se rompeu e os dois caíram na água, de uma altura de cerca de 20 metros. O militar se feriu gravemente e, depois de ser internado com inúmeras fraturas, teve alta e já está em casa. Já a paraense não resistiu à queda.
“Entreguei a minha esposa viva e me devolveram morta. É um dano irrecuperável. Destruíram a minha vida. Me tiraram o direito de ser feliz”, lamentou o caminhoneiro.
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