Pai de criança autista liga aos prantos para delegacia após ofensas de Larissa Rosa

A influencer zombou de vagas exclusivas de estacionamento para pessoas com autismo em um shopping de Goiânia

Carolina Mota
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O pai de uma criança autista, indignado e aos prantos, entrou em contato com o delegado Joaquim Adorno, da delegacia de Goiânia, após o caso da influencer Larissa Rosa ter viralizado nas redes sociais na última semana.

A influenciadora e maquiadora postou um vídeo no instagram, na terça-feira (14/06), zombando de vagas exclusivas de estacionamento para autistas em um shopping da cidade.

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Segundo o delegado, o homem cobrou por uma apuração mais rigosora sobre o caso que indignou vários seguidores da influencer além de familiares de pessoas com o diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA). Até então, cinco pessoas e associações de autistas já denunciaram a influenciadora.

De acordo com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), a conduta de Lari Rosa está prevista como crime no artigo 88, parágrafo 2º e é agravado por ter sido divulgado nas redes sociais. Além disso, será necessário ouvir as pessoas que se sentiram ofendidas pela conduta da influencer, pois isso ajudará a mensurar o sofrimento causado, explica Adorno.

Pelas redes sociais, Lari Rosa divulgou uma nota pedindo desculpas pelo ocorrido. De acordo com a jovem, ela se desesperou com as inúmeras mensagens que recebeu, diante da repercussão gerada, mas refletiu sobre o que fez.

Leia:

“Decidi vir, através dessa nota, pedir as mais sinceras desculpas pelos acontecimentos que estão repercutindo nas últimas horas. Me desesperei inicialmente com a repercussão da situação e com um bombardeio de mensagens revoltadas (com razão).

Agora, entendo que a forma que me senti com esse turbilhão ainda não chega perto do que muitas mães e outros grupos sentiram ao ouvir as palavras infelizes que pronunciei.

Refleti sobre toda a situação e quero me desculpar também por dizer se que tratou de uma brincadeira, feita exclusivamente em um grupo de melhores amigos com 18 pessoas. Isso também não justifica.

Minhas palavras não podem ser vistas como brincadeira e não deveriam ter sido ditas nem para mim mesma, imagine para um grupo de 18 pessoas. Acreditem, elas não me representam em nada.

Agradeço também às pessoas que, apesar de reprovarem a conduta e não terem nenhuma obrigação de me ensinarem nada, ainda tiraram um minuto do tempo delas para me enviar informações e materiais que me mostraram realidades diferentes das que eu já conheci.

Espero que essa infeliz situação um dia possa ser perdoada por quem se sentiu ofendido. Garanto também que, da minha parte, nunca mais vai se repetir.

Assim como anunciado ontem, permaneço à disposição no direct para me desculpar individualmente com quem estiver decepcionado e revoltado com minha atitude”.

O caso ainda está sob investigação.

 

(Carolina Mota, Estagiária da Redação, sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política)

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