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Ouça as principais canções de 10 mestres no Dia Estadual do Carimbó

Data é marcada pela morte de mestre Verequete, em 2009, aos 93 anos

Redação Portal ORM, por Bruna Lima

Desde 2010 que o dia 3 de novembro é considerado o dia estadual do Carimbó. A lei 7.457/2010 foi sancionada com o objetivo de valorizar uma das mais importantes representações culturais do Pará. A data marca a morte de Augusto Gomes Rodrigues, o Mestre Verequete, que em 3 de novembro de 2009 morreu, aos 93 anos, com quadro de pneumonia.

Mestre Verequete nasceu no município de Quatipuru, na região bragantina, nordeste do Pará, e com esse apelido acabou ganhando fama e respeito, sendo considerado o "Rei dos Tambores", um ícone da cultura regional. Ao longo da carreira, gravou dez discos e quatro CDs. Uma produção que lhe rendeu o Prêmio Mestre Humberto Maracanã, do Ministério da Cultura.  

Aos 17 anos ele trabalhou como foguista na Usina de Luz por mais de dez anos. Sem dinheiro para comprar um passe e seguir de trem para Belém, veio andando a pé até Ananindeua. Em Belém, trabalhou na Base Aérea. Verequete foi morar em Pinheiro, hoje distrito de Icoaraci, onde criou o grupo O Uirapuru da Amazônia. O primeiro disco foi gravado em 1970, 'Carimbó Irapuru do Verequete (Só podia ser)'. 

Foram mais de dez discos lançados. Mesmo com todo o sucesso, inclusive fora do Pará, abandonou a carreira na década de oitenta, e e acusava os produtores de terem lhe passado para trás. Foi quando ele perdeu a vontade de cantar e acabou com o grupo.

O Portal ORM preparou uma lista com dez nomes de mestras e mestres de Carimbó que são importantes para a cultura do estado. 


Confira a lista:

Mestre Verequete (Conjunto Uirapuru)



Dona Onete

A rainha do chamegado, Dona Onete, antes de iniciar profissionalmente na música foi professora de História e Estudos Paraenses, além de ter sido secretária municipal de cultura. Depois dos 70 anos de idade foi descoberta pelo Coletivo Rádio Cipó e de lá pra cá vem ganhando asas. 



Mestre Lucindo

Nascido no dia 3 de março de 1908, em Água Boa, no município de Marapanin. Ao lado de Verequete e Cupijó, ele completa o triângulo sonoro mais famoso e tradicional do carimbó pau e corda paraense.  



Mestra Nazaré do Ó

Mestra Nazaré do Ó é fundadora do Águia Negra. Ele é marajoara, do município de Soure. Ainda pequena veio para o distrito de Icoaraci e é formada em Artes Visuiais.




Mestre Dico Boi (Os quentes da madrugada)

Mestre Dico Boi, do grupo Quentes da Madrugada, de Santarém Novo. Formado exclusivamente por lavradores, pescadores e tiradores de caranguejo da própria comunidade, o conjunto utiliza somente instrumentos de percussão produzidos artesanalmente pelos mestres locais, como os grandes curimbós escavados em troncos de árvore e encuirados com couro de animais, o rufo (espécie de pequeno tambor de marcação), os maracás feitos de cuieiras, o reque-reque feito de bambu, e outros artefatos. 




Mestra Vidica (Sereia do Mar)

Mestra Vidica pertence ao grupo "Sereia do Mar" formado por agricultoras da área rural de Marapanim que carregam o tradicional estilo ‘pau e corda’ e cantam canções que falam sobre seu cotidiano na lavoura, sobre as mulheres e seu protagonismo na sociedade e também sobre lendas que permeiam o imaginário paraense.  




Mestre Lucas (Sancari)

Mestre Lucas do grupo de Carimbó “SANCARI”, do bairro da Pedreira, que desde 1996 atua na preservação e divulgação do legítimo Carimbó pau e corda. O grupo realiza projetos sócio culturais dentro e fora da comunidade da Pedreira visando a ampla divulgação deste ritmo na cidade de Belém.  




Mestre Cizico (Raíz de Cafezal)

Flávio Monteiro, mestre Cizico, é natural da região do Salgado e também foi um dos fundadores do "Sancari" e do "Raiz de Cafezal", de Vila do Cafezal. É um dos grandes detentores do saber do Carimbó. Além de percussionista é confeccionador de instrumentos do carimbó.




Mestre Nêgo Ray


Mestre Nego Ray é fundador do Espaço Cultural Coisas de Negro, em Icoaraci, que mantem uma roda de carimbó aos domingos, isso há aproximadamente 20 anos. 




Mestre Cupijo

Joaquim Maria Dias de Castro, mais conhecido como mestre Cupijó, é de Cametá foi um vereador, advogado, músico e compositor brasileiro. Cupijó faz parte de uma geração de músicos que ousaram transformar os ritmos populares do interior do estado paraense em sucessos radiofônicos, com a inserção de elementos inovadores, músicos.




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