Ômicron: média de mortes por covid no Brasil subiu 566% no último mês
A alta transmissibilidade da cepa também tem aumentado as internações em leitos de enfermaria e UTI
A média móvel de mortes pela covid-19 aumentou 566% no último mês, saltando de 98 para 653 óbitos diários nesta quarta-feira, 2. "A subida foi bem lenta na primeira (onda), rápida na segunda e meteórica com a Ômicron", declarou Luiz Carlos Zamarco, secretário adjunto de Saúde de São Paulo, apontando a variante como a principal causadora desse cenário, apesar de ser considerada menor letal. Segundo ele, o estado de SP pode estar muito próximos do chamado platô, para que entre 15 e 20 de fevereiro haja estabilidade nos casos. As informações são da Agência Estado.
VEJA MAIS
Mesmo com mais de 70% da população brasileira já imunizada com duas doses ou a vacina de aplicação única, a alta transmissibilidade da cepa tem aumentado as internações em leitos de enfermaria e UTI, enquanto gestores de saúde apontam que a maioria dos quadros graves está concentrada em idosos, pessoas com comorbidades e não vacinados.
Em São Paulo, um terço dos óbitos pelo coronavírus é de pessoas que não completaram o esquema vacinal. O restante, Luiz Carlos Zamarco atribui a pacientes com alguma comorbidade grave, cujo quadro é agravado pela covid. Esse é o mesmo perfil dos óbitos que têm impulsionado a média móvel da Bahia, que registrou 45 mortes por covid nesta quarta-feira, o maior total diário desde 7 de agosto. Já a média móvel de casos ativos e novas notificações gira em torno dos 30 mil, o maior patamar de toda a pandemia.
O cenário se repete no Distrito Federal, onde a letalidade é menor, mas a alta nas transmissões tem pressionado as unidades de atendimento primário e desfalcado equipes médicas. Dos 40 óbitos por covid deste ano, 34 foram em pessoas que não completaram o esquema vacinal, segundo Erick Damasceno, secretário adjunto de Saúde do DF.
O diagnóstico do Infogripe, da Fiocruz, divulgado ontem, aponta que os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) têm sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo (seis semanas) e de curto prazo (três semanas). Essa tendência deve se manter em 23 Estados brasileiros. Do total, quase 80% dos casos neste ano são decorrentes da covid-19.
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA