O que é hidrolipo? Mulher morreu após realizar o procedimento em SP
Paloma contratou o procedimento pelas redes sociais e teve o primeiro contato presencial com o médico Josias Caetano no dia do atendimento
Paloma Lopes Alves, de 31 anos, morreu na última terça-feira (26) após sofrer uma parada cardiorrespiratória durante um procedimento de hidrolipo em uma clínica localizada na Zona Leste de São Paulo. O objetivo da cirurgia era remover gordura da região das costas e do abdômen. Paloma foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas chegou sem vida ao Hospital Municipal do Tatuapé. O caso foi registrado como morte suspeita no 52º Distrito Policial, no Parque São Jorge.
Segundo Everton Silveira, marido da vítima, Paloma contratou o procedimento pelas redes sociais e teve o primeiro contato presencial com o médico Josias Caetano no dia do atendimento. O valor de R$ 10 mil foi pago via transferência bancária.
O BO aponta embolia pulmonar como a provável causa da morte, mas a polícia aguarda o resultado do laudo do IML. Além disso, o médico já responde a pelo menos 22 processos por erros médicos na Justiça de São Paulo.
O que é hidrolipo?
A hidrolipo, também conhecida como lipoaspiração tumescente, é um procedimento estético que visa remover gordura localizada em áreas específicas do corpo, como abdômen, coxas, flancos e costas. Este método é considerado uma alternativa à lipoaspiração convencional, realizado com anestesia local, o que permite que o paciente permaneça acordado durante a cirurgia.
Durante a hidrolipo, uma solução composta por anestésico, soro fisiológico e adrenalina é injetada na área a ser tratada. Essa mistura ajuda a reduzir a perda de sangue e facilita a remoção das células de gordura. A técnica é geralmente mais rápida e menos invasiva do que a lipoaspiração tradicional, o que a torna atraente para muitas pessoas que buscam contornar depósitos de gordura sem a necessidade de internação hospitalar.
Embora a hidrolipo tenha ganhado popularidade por sua conveniência e custo reduzido — variando entre R$ 1.500 e R$ 7.000 em comparação com os R$ 7.000 a R$ 15.000 da lipoaspiração convencional — ela não está isenta de riscos. Os principais perigos incluem a possibilidade de intoxicação pelos anestésicos utilizados, além de complicações comuns em qualquer procedimento cirúrgico, como infecções, tromboses e embolias.
É importante ressaltar que a hidrolipo não é recomendada para pessoas com certas condições de saúde, como diabetes, hipertensão ou doenças cardíacas. Para garantir a segurança do procedimento, é fundamental que ele seja realizado em um ambiente adequado e sob a supervisão de profissionais qualificados. Exames pré-operatórios são aconselhados para avaliar as condições de saúde do paciente antes da realização da cirurgia.
*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de OLiberal.com)