Novo diretor-geral do Inca é empossado e promete aumentar controle precoce do câncer
As ações envolvendo a instutuição terão, ainda, parcerias com o Ministério da Saúde e outras pastas
Roberto Almeida Gil tomou posse na manhã desta sexta-feira (03) como novo diretor-geral do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ele destacou que o câncer caminha para ser a primeira causa de mortalidade no mundo, mas que o trabalho na prevenção e no controle da doença pode salvar vidas.
Gil tem atuação na área de oncologia desde 1977, com passagem pela chefia do Serviço de Oncologia Clínica e do Programa de Residência Médica de Oncologia Clínica, ambos do Inca. “Segundo a estimativa de 2023 de incidência e controle do câncer, que o Inca lançou no ano passado, são esperados 704 mil novos casos de câncer no Brasil para cada ano no triênio 2023 a 2025. A Organização Mundial da Saúde estima que 6 milhões de mortes prematuras pela doença poderiam ser evitadas com conscientização, planejamento, prevenção e controle da doença. Queremos reforçar nosso papel de instituto nacional, trabalhando sinérgica e intensamente com o Ministério da Saúde, que adotou neste governo o [combate ao] câncer como uma de suas prioridades”, disse.
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Ele reforçou também a intenção de fortalecer as áreas de ensino e pesquisa da instituição, aprimorando o trabalho assistencial à população e de produtor de conhecimento do Inca. “Queremos continuar formando estratégias de prevenção e detecção precoce, manter e aprofundar o nosso papel mundialmente reconhecido do controle do tabagismo, que tem os velhos atores com novas metodologias para manter a escravidão pela nicotina. É um trabalho muito sério.”
Ações com o governo federal
Presente na cerimônia de posse, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que o governo federal está trabalhando em conjunto, com ações interministeriais, para a vigilância relacionada ao câncer, tema que sempre esteve na pauta do Inca e será reforçado a partir de agora.
“Temos muitos desafios. O Brasil avançou de maneira incomparável no controle do tabagismo, tendo participação ativa na Convenção-Quadro [para o Controle] do Tabaco, com papel de destaque nacional e internacionalmente. Não podemos perder essa conquista. Neste momento, olhamos no Ministério com preocupação para a regulação do cigarro eletrônico, são pautas que nós não excitaremos em trabalhar, em contar com o Inca para a devida fundamentação técnica e científica”.
Outras questões que serão tratadas pelo governo, segundo Nísia Trindade, é o tabagismo na juventude, a alimentação saudável e os agrotóxicos, “pontos que seguramente o Ministério da Saúde, unido a outros ministérios, terá que avançar muito.”