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Mulher que sofria violência doméstica ligou para a polícia pedindo para 'fazer o cabelo'

A vítima foi encontrada com hematomas no rosto e revelou que foi agredida e ameaçada de morte

O Liberal
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Um caso de violência doméstica foi registrado na quinta-feira (9) quando uma mulher, não identificada, ligou para a Polícia Militar fingindo querer 'fazer o cabelo' para denunciar seu companheiro. Após a ligação, uma viatura foi enviada para o endereço informado, em Araçatuba, São Paulo. A vítima foi encontrada com hematomas no rosto e revelou que foi agredida e ameaçada de morte. As informações são do G1. As informações são do G1.

O responsável por atender o telefonema foi o cabo Jimmy Carlos, que atua como estagiário do Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Copom). "Atendi com o procedimento operacional padrão da Polícia Militar. A mulher começou a falar o endereço, a numeração, a localização e disse que o corte de cabelo estava marcado", explicou. O seu responsável, Cleber William, percebeu que a ligação podia se tratar de um pedido de ajuda.

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"A mulher estava meio assustada, mas falando audivelmente. A entonação de voz deu a perceber que a mulher estava com medo de uma pessoa que estava por perto. O cabo desconfiou da situação", continuou Jimmy. Ele foi orientado por Cleber para perguntar se a mulher sabia que havia ligado para a Polícia Militar. "Ela respondeu que sabia e passou o horário e o endereço. Foi quando orientei o Jimmy a cadastrar a ocorrência, porque, possivelmente, era um pedido de socorro de uma pessoa que estava sendo coagida por alguém e não tinha condições de passar mais informações", explicou Cleber, confira a conversa:

Atendente: Polícia Militar, emergência.
Vítima: oi, é. Trecho de áudio censurado.
Atendente: pois não, senhora.
Vítima: trecho de áudio censurado.
Atendente: não entendi, senhora. Como posso ajudar a senhora?
Vítima: não, é o endereço.
Atendente: ah, entendi. É o endereço da senhora.
Vítima: é que você me mandou para fazer o cabelo.
Atendente: como é o nome da senhora?
Vítima: não, é que você me mandou para passar o endereço para fazer o cabelo. É fundo. Tem um portãozinho.
Atendente: que bairro que é, senhora? Como é que é o nome da senhora?
Vítima: áudio censurado.
Atendente: que cidade que é?
Vítima: áudio censurado. É um salão de beleza.
Atendente: a senhora está precisando da Polícia Militar?
Vítima: tá bom?
Atendente: tá bom!
Vítima: pode ser?
Atendente: pode ser.
Vítima: não. É que você me mandou o endereço para fazer o cabelo, e eu estou te passando.
Atendente: endereço para fazer o cabelo? Tá bom, senhora.
Vítima: áudio censurado. É um portãozinho. Tem até a plaquinha.
Atendente: tá bom, senhora. Disponha da Polícia Militar. Tenha um bom dia.
Vítima: tá bom. Obrigada. Tchau, tchau.

O homem confessou as agressões e foi preso em sequência. A mulher foi socorrida e levada para o Pronto-Socorro Municipal, sendo liberada em seguida. 

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