Mulher que levou idoso morto a banco teria laudos que atestam problemas psiquiátricos
Defesa destaca que no momento oportuno trará elementos comprobatórios e documentais da idoneidade de Érika
Ana Carla de Souza, advogada de defesa de Erika de Souza Vieira Nunes, que foi presa após levar um idoso morto a uma agência bancária no Rio de Janeiro para tentar sacar um empréstimo, afirmou em entrevista ao UOL, nesta quarta-feira (17/4), que a sua cliente possui laudos para atestar que tem problemas psiquiátricos.
A profissional ainda enfatizou que Érika tem o CID (Classificação Internacional de Doenças) dos laudos, medicamentos controlados e do receituário, tudo isso comprovado de anos anteriores.
"Sabemos que há doenças que são altamente psicológicas, outras que transitam para uma questão psiquiátrica e outras que beiram à loucura. Não é o caso dela. [No caso da Erika] São situações que transitam entre um abalo psicológico e uma questão de medicamentos controlados no campo psiquiátrico", disse a advogada.
A advogada reforça que acredita na inocência de Erika, e que a morte do idoso foi declarada prematuramente, que ele estava vivo quando chegou à agência bancária e que há testemunhas que comprovam essa versão.
"Temos testemunhas de que o senhor Paulo chegou vivo à agência bancária. Embora tenha sido, de forma prematura, declarada a morte por uma emergência dos bombeiros e do Samu, isso será contestado. Estamos aguardando também a resposta do IML. Também temos provas documentais do abalo emocional da Erika", afirmou.
A defesa ainda destaca que no momento oportuno, trará elementos comprobatórios e documentais da idoneidade de Érika. "Claro que é chocante em um primeiro momento devido às imagens, mas é clara também a idoneidade da Erika em relação a acreditar, ainda que em um surto psicótico, nos dados vitais do Paulo", ponderou.
Advogada afirma que empréstimo foi pedido há um mês
De acordo com a advogada, o pedido de empréstimo ao banco aconteceu há cerca de um mês. Neste período o idoso ficou internado devido a uma pneumonia, mas estava lúcido e se locomovia com o auxílio de uma cadeira de rodas. Esse fato explicaria porque Erika não teria solicitado uma procuração e, assim, evitado a ida de Paulo à agência.
Ana Carla explica que a solicitação do empréstimo foi feita há aproximadamente um mês do fato ao qual sua cliente está sendo acusada. "Ele estava totalmente lúcido. Antes da primeira internação, ele andava; só precisou de cadeira de rodas quando saiu, por ficar um pouco mais debilitado porque teve pneumonia, como qualquer pessoa ficaria. Mas isso não atacou sua lucidez", disse.
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A advogada ressalta que a defesa não está se recusando a apresentar provas e nem resistência quanto à urgência, apenas estão esperando o momento oportuno para que elas sejam apresentadas, e que existem testemunhas, não só do momento quando ele chega à unidade, mas também do dia anterior e da internação.
(Com informações do Uol)
(*Suellen Santos, estagiária sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador de Política e Economia)
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