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Mulher garante renda extra como catadora de piolhos

Ocupação surgiu depois da experiência com os filhos e diante das dificuldades financeiras

Com informações do G1

Para garantir uma renda extra no final do mês, a autônoma Kelly Wellyd Santana, 44, trabalha há quatro anos catando piolhos em crianças e adultos da Baixada Santista, no litoral de São Paulo. Mãe de uma menina e um menino, ela conta que a ideia de catar piolhos surgiu pela experiência com os filhos e quando se viu diante de dificuldades financeiras. 

"Eu também trabalho como babá, e teve uma vez que cuidei de uma criança que estava com muito piolho. Em conversa com a mãe, ela disse que não tinha tempo para tirar e pediu a minha ajuda. Passei remédio e não funcionou, então consultei pessoas mais velhas e identifiquei uma técnica eficaz: detergente de coco", relata ao G1.

Os piolhos são pequenos insetos que parasitam o homem e provocam uma doença chamada pediculose. Eles se alimentam exclusivamente de sangue, preferem ambientes quentes, escuros e úmidos e depositam seus ovos nos fios de cabelo. 

A transmissão pode ocorrer de duas maneiras: por meio do contato direto, encostando cabeças para tirar uma fotografia, por exemplo, ou pelo compartilhamento de objetos de uso pessoal, como pentes e escovas, prendedores e lenços de cabelo, bonés, capacetes, travesseiros, entre outros. 

Kelly começou a divulgar o trabalho apenas entre conhecidos, mas recentemente teve coragem de publicar nas redes sociais. "O difícil é que muitas pessoas tem preconceito e zombam, mas é um trabalho de respeito. Já me disseram que é nojento, para eu arrumar um emprego melhor, mas não vejo problema, acho um trabalho digno, e me ajuda, faço com respeito e carinho pelas crianças. Às vezes a mãe trabalha o dia todo e não consegue ajudar o filho, ou já tentou diversas coisas que foram ineficazes. Então acho um serviço honesto, como outro qualquer", destaca.

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