Mulher engravida após ser estuprada por 12 homens; 11 dos abusadores são PMs
A descoberta da gravidez ocorreu em dezembro do ano passado
Uma mulher de 33 anos denunciou 12 homens, sendo 11 Policiais Militares, por estupro coletivo que resultou em uma gravidez não desejada. A vítima alega que os agentes ofereceram valores entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para que ela não levasse o caso às autoridades. Ela afirma ter interrompido a gravidez na 21ª semana (quarto mês).
Segundo a vítima, cuja identidade não foi divulgada, a violência sexual ocorreu em julho durante uma festa em uma casa alugada por um grupo de PMs no bairro Balneário Praia do Pernambuco, em Guarujá, no litoral de São Paulo.
Violência sexual
A vítima relatou ter sido convidada com uma amiga para uma festa com aproximadamente 20 pessoas, onde a maioria dos participantes era homens. A mulher acredita ter sido dopada enquanto consumia bebidas alcoólicas.
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A mulher afirmou que, inicialmente, foi para uma dos quartos do imóvel onde manteve uma relação sexual consensual com um dos participantes da festa. Após "apagar", os demais homens a estupraram.
"Eles fizeram uma 'fila' e eu conseguia ouvir algumas coisas. Diziam: 'Vai logo! Deixa que é a minha vez'", revelou a vítima que, apesar de dopada, conseguia lembrar de algumas cenas do ocorrido.
Os detalhes sobre o estupro, além dos que ela conseguiu lembrar, foram contados por um amigo dela que também estava na festa e disse ter sido o responsável por "interromper" os abusos. No entanto, a vítima suspeita que ele, o único não pertencente à PM, também tenha participado do crime.
Gravidez e suborno
A descoberta da gravidez ocorreu em dezembro do ano passado, já que seu ciclo menstrual é instável. Ela, afirma que não teve relações com outras pessoas durante esse período, e decidiu interromper a gravidez após o registro do boletim de ocorrência sobre o estupro na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) na capital. Ela sentia receio de represálias e, inicialmente, buscava apenas interromper a gestação.
Conforme relatado pela mulher, o contato com o grupo de Policiais Militares ocorreu logo após ela ter registrado a ocorrência. Um policial, que não estava envolvido no crime, intermediou o contato, enviando mensagens sobre o boletim de ocorrência e posteriormente oferecendo dinheiro para impedir a denúncia. A vítima não sabe como ele foi informado sobre o caso.
Secretaria de Segurança de São Paulo
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) informou que a Polícia Civil investiga a denúncia como um caso de "estupro de vulnerável". Exames sexológicos e médicos foram requisitados para a vítima, e o caso está sob investigação pela Delegacia de Defesa da Mulher de Guarujá. A Polícia Militar instaurou uma sindicância para apurar a possível participação de policiais militares no crime, considerando a gravidade da denúncia.
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