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Mulher encontrada morta é a 14ª vítima da violência em área de garimpo na Terra Yanomami

O corpo de Jenni Rangel foi avistado por agentes durante um sobrevoo de helicóptero da Força Nacional

O Liberal

Mulher é encontrada morta em área de garimpo na Terra Yanomami, elevando para 14 o número de mortes violentas no território em uma semana. O corpo de Jenni Rangel, de 28 anos, foi descoberto com sinais de violência neste sábado (6) próximo a uma cratera onde oito garimpeiros foram assassinados durante a semana. Rangel estava despida e tinha sinais de violência sexual e enforcamento. Acredita-se que ela trabalhava para garimpeiros e pode ter sido morta no mesmo ataque que resultou na morte dos oito garimpeiros encontrados na cratera.

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Jenni Rangel era venezuelana, casada com o garimpeiro Joel Perdomo, de 68 anos, e madrasta de Johandri Perdomo, de 24 anos, também garimpeiro. O marido e filho também foram assassinados na Terra Yanomami e estão entre os oito mortos encontrados na cratera. Os corpos dos três passam por exames de necrópsia no Instituto Médico Legal (IML) de Boa Vista, e familiares aguardam pela identificação oficial.

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A Terra Yanomami registrou um total de 14 mortes violentas em uma semana. No último sábado, dia 29, garimpeiros armados abriram fogo contra a comunidade Uxiu, deixando três indígenas baleados e um morto - o agente de saúde Ilson Xiriana, de 36 anos. Depois, em outra região, garimpeiros armados atiraram contra agentes da Polícia Rodoviária Federal e Ibama numa fiscalização em Waikás, resultando na morte de quatro garimpeiros, incluindo o integrante de facção Sandro de Moraes Carvalho, de 29 anos.

Na segunda-feira (1º), foram encontrados oito garimpeiros mortos com marcas de tiros em uma cratera próxima à comunidade Uxiu. A Terra Yanomami, o maior território indígena do Brasil, enfrenta uma crise sanitária sem precedentes, causada pela forte presença de garimpeiros. O avanço desenfreado da exploração de minérios na região em 2022 causou doenças, devastação ambiental e conflitos armados, com mortes e violência. O governo federal atua na região em duas frentes: com serviços de saúde e na repressão aos garimpeiros que ainda permanecem no território.

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