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MP quer saber qual foi o destino dos animais do zoo de Beto Carrero World

O zoológico Mundo Animal foi encerrado em junho, após 32 anos de atividade, mas o parque não divulgou para onde os animais foram levados

O Liberal

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) instaurou um procedimento preliminar – uma notícia de fato – para apurar o destino dos animais que viviam no zoológico do Beto Carrero World. A atração foi encerrada em junho, e o parque não divulgou publicamente para onde os animais foram levados.

A apuração é da 1ª Promotoria de Justiça de Penha, que solicitou auxílio ao Grupo Especial de Defesa dos Direitos dos Animais do Ministério Público (GEDDA).

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A promotora de Justiça Daniela Carvalho Alencar pediu ao Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e à procuradoria jurídica do parque que informem, em até 10 dias, se ainda há animais no Beto Carrero World, e como ocorreu o processo de autorização para deslocamentos e remoções – incluindo licenças emitidas pelo IMA.

O zoológico Mundo Animal foi encerrado após 32 anos de atividade. Em comunicado, o parque informou que levou em conta o bem-estar dos animais. O entendimento é que, com o crescimento do parque temático, o ambiente já não era seguro para o zoológico.

"Temos muito orgulho e respeito por toda história que tivemos com os animais. Meu pai, Beto Carrero, tinha uma conexão incrível e nos ajudou a cuidar, preservar e amar cada um deles. À medida que as gerações mudam, hoje entendemos que é mais significativo receber os animais que nos visitam espontaneamente, como capivaras e pássaros migratórios, do que manter espécies selvagens dentro de um parque temático", disse Alex Murad, presidente do Conselho Administrativo do Beto Carrero World e filho de Beto Carrero.

Ele comentou, em junho, a decisão de manter o destino dos animais em sigilo: "Serão levados para locais onde possam caminhar com mais tranquilidade, onde possam reproduzir, e onde encontrem pessoas que, como nós, tenham essa paixão."

Em nota à coluna, o parque informou que todos os animais foram encaminhados para outros locais no Brasil: "Seguimos o mesmo procedimento adotado pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC), de não informar o destino dos animais, até mesmo daqueles que são tratados e destinados pelo CETAS (Centro de Triagem de Animais Silvestres). Este procedimento visa tanto a segurança dos animais quanto dos empreendimentos que os recebem.

Os animais foram alocados em diferentes empreendimentos do Brasil, todos devidamente autorizados e regulares com os órgãos ambientais."

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