MENU

BUSCA

Ministério da Justiça vai notificar redes para monitorar ameaças às escolas

De acordo com a pasta, até o momento, mais de 511 perfis com apologia à violência foram identificados

O Liberal

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta segunda-feira (10) que a pasta notificará plataformas de redes sociais para que elas passem a monitorar de forma ativa ameaças de ataques em escolas. A medida faz parte das ações do grupo interministerial de políticas de prevenção e enfrentamento de violência nas escolas, encabeçado pelo Ministério da Educação, e é uma resposta aos recentes ataques em escolas no Brasil.

VEJA MAIS

Ministério da Justiça e Segurança Pública pede exclusão de 270 contas do Twitter e duas do Tiktok
As contas veiculavam conteúdos ligados aos ataques a escolas no Brasil e as medidas fazem parte da Operação Escola Segura

Efeito contágio: divulgação de ataques a escolas gera senso de recompensa e admiração a agressores
"Escolas precisam de redes de apoio", diz pesquisadora que participa de um grupo de estudos sobre violência e ataques a escolas analisa que muita responsabilidade recai apenas sobre as unidades de ensino e professores, enquanto discursos de ódio são disseminados em diferentes canais

Efeito contágio: divulgação de ataques a escolas gera senso de recompensa e admiração a agressores
"Escolas precisam de redes de apoio", diz pesquisadora que participa de um grupo de estudos sobre violência e ataques a escolas analisa que muita responsabilidade recai apenas sobre as unidades de ensino e professores, enquanto discursos de ódio são disseminados em diferentes canais

Em reunião com representantes das empresas Meta, Kwai, TikTok, WhatsApp, YouTube, Twitter e Google, o ministro exigiu que essas empresas tenham canais abertos e urgentes para notificações oriundas das autoridades policiais. E ressaltou que, caso a notificação não seja atendida, o ministério tomará providências policiais e judiciais contra as plataformas.

O ministro também afirmou que, nos últimos dois dias, mais de 511 perfis com discursos de apologia à violência foram identificados apenas no Twitter. Segundo ele, “praticamente todas” as plataformas foram receptivas com as determinações apresentadas pelo ministério, com uma exceção não mencionada.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública deflagrou a operação Escola Segura após o ataque em uma creche em Blumenau (SC), com o assassinato de quatro crianças. Como parte da operação, Flávio Dino anunciou a disponibilidade de R$ 150 milhões a estados e municípios para o fortalecimento de rondas policiais escolares. Também foi determinada a abertura de investigações da Polícia Federal sobre grupos nazistas e neonazistas no país.

Efeito contágio: divulgação de ataques a escolas gera senso de recompensa e admiração a agressores
"Escolas precisam de redes de apoio", diz pesquisadora que participa de um grupo de estudos sobre violência e ataques a escolas analisa que muita responsabilidade recai apenas sobre as unidades de ensino e professores, enquanto discursos de ódio são disseminados em diferentes canais

Polícia Civil investiga 4 ameaças de ataques a escolas do Pará
A escola estadual Pedro Amazonas Pedroso é a mais recente unidade estadual a entrar para a lista de investigações

Ataques nas escolas brasileiras refletem uma sociedade violenta, diz psicóloga
“Uma sociedade que, nos últimos anos, pregou o uso de armas como solução principal dos problemas. Esperamos o que com isso?”, questionou Marilda Couto

O Escola Segura também vai focar no ambiente virtual, onde grupos extremistas recrutam jovens. Na última quinta-feira (6/4), representantes do Ministério da Justiça e Segurança Pública se reuniram com delegados de delegacias de combate a crimes cibernéticos de todo o país.

Na última quinta-feira, também houve a primeira reunião do grupo de trabalho interministerial com representantes de diferentes ministérios, coordenado pelo ministro da Educação, Camilo Santana. O objetivo é discutir ações de prevenção à violência nas escolas do país. Um plano de medidas deve ser apresentado em 90 dias.

Já no sábado (8) e domingo (9), Dino pediu a exclusão de 270 contas do Twitter que teriam veiculado hashtags relacionadas a ataques contra escolas. O ministro também solicitou a retirada do ar de duas contas do TikTok que estavam viralizando conteúdo que incitava medo nas famílias.

Brasil