Menina escolhe festa de 12 anos com o tema ‘Vidas Negras Importam’

Adolescente conta histórias de racismo que viveu e expõe fotos das 4 personalidades que mais admira

Redação Integrada com informações do G1
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Luma Brito surpreendeu a mãe, que é boleira, com o tema da festa de 12 anos: o movimento "Black Lives Matter", que em português é chamado de "Vidas Negras Importam", que luta contra o racismo.

A decoração, com bolo caracterizado, foi em família, na Zona Leste de Teresina (PI). Na parede, fotos de quatro personalidades negras mais admiradas por ela: o ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, o ex-presidente norte-americano Barack Obama, a ex-primeira-dama Michele Obama e a jogadora de futebol brasileira, a craque Marta.

“Como eu sou negra também, senti como se fosse um dever fazer essa festa para tentar conscientizar as pessoas. Comecei a pensar nesse tema na semana do meu aniversário. Acordei e me veio a inspiração”, disse ao G1.

A mãe, Pollyanna Brito, ficou surpresa. “Pensei que ela iria escolher um tema da idade dela. Mas ela disse que não queria usar temáticas já utilizadas por todo mundo, e sim o tema ‘Vidas Negras Importam’, para fazer uma homenagem ao movimento. Ela escolheu essas quatro personalidades porque já tinha lido sobre elas”, contou.

Racismo

A adolescente disse que na época em que viajava para a Rússia, quando seu pai, Afrânio Luís, jogava de futsal, chorava com a reação dos russos a sua cor e cabelo.

“Às vezes, as pessoas me viam e me perguntavam se meu cabelo era de verdade, queriam tocar em mim para saber se eu era de verdade. Eu chorava porque me sentia muito estranha, perguntava para Deus por que ele tinha me feito assim. Me achava feia”, lembrou.

Ela também passou por racismo, na forma de xingamento, na escola. Por isso ela resolveu fazer uma espécie de festa-manifesto. Para reforçar o orgulho de sua etnia e dar um recado.

Autoestima

Segundo a mãe, Luma passou a acompanhar as redes sociais, os noticiários e a ler sobre o racismo, principalmente durante o período de isolamento social. A mãe afirma que as informações que a filha teve nesse período a fez se amar da forma como é.

“Ela acompanhou mais, foi se interessando, se aceitando e resolveu fazer diferente. Hoje, minha filha gosta de ter o cabelo cacheado", disse a mãe da adolescente.

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