Marinha do Brasil afunda navio desativado em meio a alertas sobre danos ambientais
Sucata do porta-aviões São Paulo tem mais de 600 toneladas de substâncias perigosas
A Marinha do Brasil afundou, no final da tarde desta sexta-feira (3), a embarcação desativada São Paulo, que navegava há meses no mar depois de ser rejeitada por portos do Brasil e do exterior. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério Público Federal (MPF) alertaram para os danos ambientais que o afundamento pode provocar. As informações são do G1.
"O procedimento foi conduzido com as necessárias competência técnica e segurança pela Marinha do Brasil, a fim de evitar prejuízos de ordem logística, operacional, ambiental e econômica ao Estado brasileiro", afirma a força naval, por meio de nota.
Na sexta, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5) liberou que a Marinha afundasse o porta-aviões, rejeitando um pedido do MPF, que via grave risco ambiental na decisão. Segundo a Marinha, o navio iria afundar de qualquer forma, já que uma inspeção constatou três buracos no casco da embarcação.
Segundo o MPF, a sucata da embarcação tem 9,6 toneladas de amianto, substância que tem potencial tóxico e cancerígeno. O casco também conta com 644 toneladas de tintas e outros materiais perigosos. De acordo com o Ibama, o navio não transportava carga tóxica, mas os materiais perigosos fazem parte "indissociável" de sua estrutura.
Na nota divulgada pela Marinha do Brasil, há a confirmação de que o porta-aviões desativado foi naufragado em Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), a 350 quilômetros costa brasileira e com profundidade aproximada de 5 mil metros.
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