Mais de 4,7 mil celulares do crime organizado são retirados de prisões brasileiras

A operação aconteceu em todos os presídios e penitenciárias do país e mobilizou 3.463 policiais penais. No Pará, nenhum item irregular foi encontrado

O Liberal
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A quinta fase da Operação Mute, realizada na última sexta-feira (26/7) em todos os presídios e penitenciárias do país, apreendeu  4.757 celulares utilizados para comunicação ilícita dentro dos presídios brasileiros. A ação coordenada pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), ocorreu simultaneamente em todo o Brasil e mobilizou 3.463 policiais penais, que inspecionaram mais de 3 mil celas, onde estão abrigadas mais de 300 mil pessoas privadas de liberdade.  No Pará, nas três unidades penais do Complexo Penitenciário de Santa Izabel selecionadas pelo órgão coordenador da operação, nenhum item irregular foi encontrado. A Unidade Penitenciária de Segurança Máxima I (UPMAX I), a Unidade de Custódia e Reinserção III (UCR III) e a Unidade de Custódia e Reinserção V (UCR V) foram as unidades revistadas.

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Além dos celulares, foram apreendidos 348 materiais perfurocortantes, como facas e tesouras, mil carregadores, 397 chips, 314 fones de ouvido, 29 roteadores e 19 pen drives, além de quatro artefatos explosivos e três armas de fogo.

O secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, ressalta que se trata de uma operação que resulta da integração das polícias penais de todas as unidades da federação com a Polícia Penal Federal, em um trabalho fortemente direcionado a impactar na comunicação do crime organizado com o mercado criminoso fora dos muros das unidades prisionais. “Essa colaboração é decisiva para a estratégia nacional de combate ao crime organizado e contribuirá para a redução de indicadores criminais, especialmente os crimes letais intencionais que afetam a população brasileira”, avaliou Garcia.

As revistas em pavilhões e celas têm como alvo principal a retirada de aparelhos celulares, ferramentas essenciais para o crime organizado que facilitam a perpetuação de delitos e a escalada da violência nas ruas. O uso clandestino desses dispositivos configura um grave problema nacional, com impactos significativos nas esferas social, psicológica e econômica. Para enfrentar esse desafio, a Diretoria de Inteligência Penitenciária (Dipen) está implementando novas rotinas e procedimentos nos estabelecimentos penais e colaborando com outras forças para combater as comunicações proibidas dentro do sistema prisional.

Operação no Pará

Coordenando a equipe da Seap, o Secretário Adjunto de Gestão Operacional (SAGO),  Ringo Alex Frias, destacou o diferencial da Seap diante da expectativa negativa da Senappen em relação a operação.

“Isso é o resultado efetivo da questão do controle dos nossos estabelecimentos prisionais. A gente prioriza primeiro o controle de acesso, fortalecendo esse protocolo. Segundo, o controle de pátio, e por último, os procedimentos seguidos à risca pelos servidores. A gente prioriza isso e isso já traz como resultado efetivo a redução, ou até o zeramento da entrada desses materiais ilícitos e principalmente de aparelhos celulares”, argumenta Ringo Alex.

O titular da Sago destacou ainda que essa é a quinta fase da operação, e durante todas as outras que a antecederam, não foi encontrado nenhum aparelho celular nas dependências das unidades prisionais. ”Isso reforça ainda mais a questão do compromisso da secretaria, compromisso da gestão, da polícia penal em fortalecer ainda mais esse controle, que é um controle e um dos procedimentos mais robustos que nós temos, que é essa fiscalização, esse controle de acesso, que é muito rigoroso”, ponderou. 

Bruno Pinheiro, corregedor metropolitano da Seap, vem acompanhando as operações de revista realizadas pela secretaria desde a última quarta-feira, na Unidade de Custódia e Reinserção do Coqueiro (UCR Coqueiro), e nas Unidades de Custódia e Reinserção de Marituba I, II e III, e no Complexo Penitenciário de Americano. Ele avaliou positivamente as operações desenvolvidas pela secretaria.

“A corregedoria vem acompanhando para garantir toda a incolumidade das ações, a integridade das ações e não constatamos nenhum tipo de alteração, pelo contrário, os trabalhos foram totalmente eficientes, eficazes e satisfatórios. Tudo que se desejou foi alcançado. E a corregedoria vem acompanhando para garantir a nossa função institucional, que além de realizar processos quando ocorrem irregularidades, a corregedoria também tem a função preventiva, de prevenir, orientar e estar acompanhando para garantir que eventualidades que possam acontecer de maneira negativa não ocorram”, afirmou Pinheiro.

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