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'Maníaco do Parque' recebe cartas e alimentos de mulheres na prisão; mãe acredita na inocência dele

Francisco Pereira de Assis é filho de Maria Helena de Souza Pereira e se tornou o maior serial killer do Brasil, condenado a 280 anos de prisão em 1998

Lívia Ximenes

O “Maníaco do Parque”, ou Francisco Pereira de Assis, é o maior serial killer da história do Brasil. Condenado a 280 anos de prisão, ele recebe cartas e alimentos de mulheres na prisão, segundo Maria Helena de Souza Pereira, mãe do criminoso. Maria Helena, que não o visita na penitenciária há 10 anos por razões financeiras, acredita até hoje na inocência do filho.

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“É muito triste, muito triste mesmo. Nenhuma mãe deveria passar por isso. Lembro do dia em que ele foi preso e fui à delegacia perguntar se ele tinha feito aquilo tudo. Ele não respondeu nada. Mas não sou apontada na rua. As pessoas me tratam bem. Sou uma mulher forte, guerreira, brava”, falou Maria Helena. A mãe do “Maníaco do Parque” ressaltou que não gosta do apelido dado a Francisco: “É um nome maldito que a mídia colocou nele. O meu filho se chama Francisco. Até hoje não acredito que ele tenha feito isso. Não entra no meu coração.”

Maria Helena disse que tem medo de receber o filho em casa após a soltura e, por isso, prefere que ele more em Portugal. “Ele é outro homem. Afinal, são 30 anos. Nem sei como ele está. Além do mais, moro em uma casa humilde. Tenho receio do assédio da imprensa. O ideal seria que ele fosse morar em Portugal, onde há uma mulher apaixonada que quer levá-lo para lá”, esclareceu. Entretanto, durante a entrevista ao O Globo, o filho mais velho, Luís Carlos Pereira, a corrigiu e a resposta mudou: “Com certeza [o receberia em casa], de braços abertos. Isso ninguém me tira.”

Relembre o caso do “Maníaco do Parque”

Francisco Pereira de Assis ficou conhecido como “Maníaco do Parque” e foi preso em Itaqui, no Rio Grande do Sul, em 4 de agosto de 1998. Ele confessou assassinar nove mulheres, com quem também cometeu crimes sexuais.

O caso ocorreu em São Paulo (SP). O apelido “Maníaco do Parque” repercutiu devido à localização onde os crimes aconteceram, o Parque do Estado, Zona Sul da capital paulista. Antes de ser preso, Francisco ficou desaparecido por 23 dias.

As vítimas, quando encontradas, estavam nuas e com marcas de violência sexual, como mordidas nos seios. Uma delas chegou a ser estrangulada e outras nove, que sobreviveram às investidas criminosas de Francisco, revelaram à polícia terem sido assediadas e violentadas. Para atrair as vítimas, o “Maníaco do Parque” usava como pretexto ofertas de emprego como modelo.

A história de Francisco Pereira de Assis será detalhada em livro escrito por Ulisses Campbell, escritor e jornalista responsável pela produção da biografia de Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Flordelis. Uma produção cinematográfica da Prime Video sobre os crimes, protagonizada por Silverio Pereira, é esperada para esse ano.

Confira teaser sobre o filme do "Maníaco do Parque"


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(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora de OLiberal.com)

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