Mãe que matou a filha de 6 anos alega sintomas de depressão
Mulher confessou que asfixiou a menina e já tinha pensado em tirar a própria vida
A mulher presa em flagrante, na terça-feira (3), acusada de matar a própria filha de seis anos asfixiada, alegou que sofria com depressão e já tinha pensado em tirar a própria vida. O crime ocorreu na segunda-feira (2) no bairro Cidade Nova, zona norte de Manaus.
A criança, identificada como Isabelly Eloize Soares Freitas, deu entrada no SPA da Galiléia e depois foi encaminhada ao Hospital Pronto-Socorro da Criança (Joãozinho), na zona leste da capital. A menina morreu enquanto estava internada na unidade.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), disse que a mãe, Claudiana Freitas, o pai e o padrasto da criança foram ouvidos na delegacia enquanto a polícia aguardava o laudo técnico. A criança foi morta por asfixia em virtude da mãe ter sufocado a menina com o braço.
“O laudo da necropsia apontou que a criança foi asfixiada embora a perícia também constatasse abuso sexual. O abuso não era recente, ou seja, não cabia flagrante quanto a violência sexual, mas constou no boletim de ocorrência para que nesse mesmo inquérito seja apurado a autoria”, disse a titular.
A mãe foi chamada novamente após a saída do laudo. Na delegacia, a suspeita contou que sentou com a criança na cadeira e asfixiou ela com o braço. Quando percebeu que a criança estava desfalecendo, pediu ajuda a um cunhado e vizinhos que levaram a vítima para o hospital.
O abuso sexual vai ser investigado no inquérito da polícia já que as lesões na vítima tinham sido cicatrizadas. A titular da Depca esclareceu que o pai e o padrasto da menina já foram ouvidos e cederam material genético para as investigações.
Em depoimento, o pai de Isabelly contou que a mãe da criança ligou para ele no dia do crime para perguntar se ele podia ficar com a menina. O homem informou que não poderia porque estava trabalhando em outro município. Na segunda-feira (2), Claudiana também teria brigado com o padrasto da menina.
A mulher irá responder por homicídio qualificado e ficará à disposição do Poder Judiciário.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política)