Mãe afirma que corpo de Ana Beatriz ficou escondido por quatro dias em armário no interior de AL
Polícia investiga se houve participação de terceiros e aguarda laudos periciais para confirmar causa da morte.

Eduarda de Oliveira, de 22 anos, foi presa e confessou ter matado a filha, de apenas 15 dias, asfixiada com uma almofada. A Polícia Civil aguarda o resultado da necropsia para confirmar a causa da morte. O sepultamento da bebê ocorreu na quarta-feira (16/04).
Durante depoimento à Polícia Civil, Eduarda revelou que escondeu o corpo da filha, Ana Beatriz, dentro de um armário localizado no quintal da residência onde morava, em Novo Lino, no interior de Alagoas. O crime teria ocorrido na madrugada do dia 11 de abril, e o cadáver permaneceu no local até o dia 15, quando a mãe revelou onde estava para a polícia e familiares do marido.
O depoimento, gravado na noite de terça-feira (15/04) na Delegacia Regional de Novo Lino, foi obtido pela TV Gazeta e tem cerca de 18 minutos de duração. Nele, Eduarda confessou que usou uma almofada que estava na sala para asfixiar a filha. Segundo seu relato, após o crime, ela enrolou o corpo da bebê em dois sacos plásticos e o colocou no armário, sem voltar a mexer nele até a chegada da polícia.
Eduarda contou que, apesar do forte mau cheiro, continuou dormindo na casa durante todos os dias em que o corpo esteve escondido, com exceção da segunda-feira, quando foi ao Hospital da Mulher após alegar ter sido vítima de estupro.
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A jovem está presa preventivamente pelo crime de ocultação de cadáver. A polícia aguarda o laudo da necropsia para confirmar a versão apresentada. Caso seja comprovada a morte por asfixia, Eduarda poderá também responder por infanticídio.
Ela afirmou ainda que agiu sozinha e que o marido, que estava em São Paulo a trabalho, só tomou conhecimento da situação após ela confessar tudo ao advogado. No entanto, a polícia investiga se houve envolvimento de outras pessoas na ocultação do corpo.
"Ele estava em São Paulo, ele não sabia de nada. Eu contei quando o advogado insistiu para eu falar a verdade", relatou Eduarda.
Na audiência de custódia realizada na quarta-feira (16/04), a Justiça determinou que ela continue presa preventivamente e passe por acompanhamento psiquiátrico durante o período de reclusão.
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