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Lula: Entenda os riscos de batidas na cabeça e o que pode causar; saiba mais

Quedas podem ser comuns para pessoas idosas, mas é preciso ter cuidado com os sintomas do trauma

Rafael Lédo
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Na madrugada desta terça-feira (10/12), o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva passou por cirurgia em São Paulo após hemorragia cerebral. O procedimento tinha como objetivo drenar o sangramento que estava dentro do crânio do presidente. As informações repassadas pelo Hospital Sírio-Libanês é de que Luiz Inácio Lula da Silva está bem após passar pela cirurgia, mas segue sendo monitorado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Entenda o que aconteceu com o presidente Lucas

Lula sofreu uma queda no dia 19 de outubro, no banheiro do Palácio da Alvorada, na residência oficial da Presidência da República e bateu a cabeça. Nesta ocasião, o presidente foi levado ao hospital e fez os devidos procedimentos. Mas ele voltou a sentir fortes dores de cabeça no fim da tarde da última segunda-feira (09/12), após ter se encontrado com os presidentes da Câmara e do Senado, no Palácio do Planalto. O sangramento que teve que ser estancado é uma consequência da queda em outubro.

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O Hospital Sírio-Libanês informou que Lula teve "um ferimento corto-contuso [lesão que corta a pele por conta da batida] na região occipital da cabeça". A região occipital fica localizada na parte traseira do crânio, acima do cerebelo, que processa os estímulos visuais enviados pelos olhos. Caso uma pessoa sofra uma pancada de alto impacto nesta região, ela provavelmente terá tonturas e dores de cabeça, como aconteceu com o presidente.

Caso o impacto seja superficial e o corte não seja de risco, o tratamento acaba sendo simples. Diferente do que acontece quando o trauma é mais grave, em que precisa ser analisada profundidade do corte, a área afetada e os danos internos. Neste último caso, se a pancada for profunda, em que atinja ossos do crânio ou causando sangramento interno, é preciso cuidado intensivos e, em alguns casos, até cirurgia.

O médico da equipe de Lula, Mauro Suzuki, informou que: "Não é uma abertura do crânio importante. Há uma cicatrização espontânea". Mas mesmo assim, o Presidente teve que passar por uma cirurgia, chamada de craniotomia.

A previsão é de que Luiz Inácio fique na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por 48 horas e depois tenha alta hospitalar.

Principais causas de quedas com trauma em idosos

Pode ser comum que idosos caiam por motivos diferentes, mas é possível dizer que as causas mais frequentes são:

  • Fraqueza da musculatura: principalmente de membros inferiores;
  • Perda da sensibilidade por distúrbios neurológicos: como consequência de doenças crônicas, por exemplo;
  • Áreas impróprias: como escadas e pisos escorregadios.

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Em um processo natural, idosos perderem parte do controle neurossensorial, adquirido na infância, quando é desenvolvida a parte motora e do equilíbrio. Além disso, é possível haver um atraso na comunicação cerebral, entre o órgão e os músculos. Assim, as quedas são mais prováveis de acontecerem com pessoas de mais de 65 anos.

Riscos de quedas com traumas na cabeça

Como consequência, as quedas se tornam ainda mais preocupantes em idosos, além de desencadear efeitos colaterais de alguns medicamentos. Nas mulheres idosas, isso pode levar até a perda óssea. Por isso, é importante ter cuidado com as pessoas idosas, pois os danos são maiores do que em pessoas jovens.

As estatísticas são altas quando são analisados os dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia de 2020 em relação às quedas de idosos. Um a cada três idosos acima de 65 anos sofrem uma queda. Além disso, estima-se que 20 deles sofram fraturas ou precisem ser internados.

No caso dos idosos acima de 80 anos, cerca de 40% sofrem acidentes deste tipo a cada ano. No caso de moradores de asilos e casas de repouso, a frequência de quedas sobre para 50%.

O que um trauma na cabeça pode causar?

  • Concussão cerebral: acontece quando há uma pancada que causa dor de cabeça, dificuldade de concentração, sensibilidade a barulhos, tonturas, insônia, dificuldades visuais. Trata-se de um dos casos mais leve, em que são resolvidos em alguns dias ou semanas.
  • Hematomas intra ou extracerebrais: neste caso, há sangramento na parte externa do crânio. Pode acontecer de haver sangramento na parte interna do crânio, especificamente entre as membranas cerebrais.
  • Fratura do crânio: o trauma considerado forte acaba por quebrar os ossos que formam o crânio. É preciso analisar a gravidade do caso, em que pode variar de pequenas rachaduras até fraturas mais graves, as quais podem ter causado lesões ao cérebro e outras estruturas.
  • Traumatismo cranioencefálico grave: devido à pancada grave, a pessoa pode ter perda da consciência, confusão mental problema em relação à memória, alterações de personalidade e de humor, além de crise convulsiva, paralisia dos membros e dificuldade de fala.

Quando uma queda com trauma na cabeça é preocupante

Após ter uma pancada na cabeça, é preciso ficar atento para alguns sinais, principalmente em relação à consciência:

  • Desorientação;
  • Confusão mental;
  • Náuseas e enjôo;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça forte;
  • Formigamentos pelo corpo;
  • Visão comprometida;
  • Fala embaralhada ou inexistente;
  • Crise de convulsão;
  • Falta de coordenação motora;
  • Desequilíbrio motor;
  • Sangramento pelo nariz ou orelha;
  • Desmaio.

Cuidados após uma batida na cabeça

Se a pessoa continuar acordada após o trauma na cabeça, é preciso realizar alguns testes, principalmente relacionados à consciência. Por isso, converse com ela e faça algumas perguntas básicas, como nome, local em que está, data de aniversário, idade, ano que estamos. Além disso, é importante verificar se a pessoa está abrindo e fechando os olhos normalmente, ainda, se consegue movimentar alguns membros.

Ao presenciar um acidente de uma pessoa que ficou desacordada, é importante não movimentar a pessoa e procurar ajuda médica o mais rápido possível. Neste caso, o trauma foi tão forte que é provável ter havido lesão não só no cérebro, mas também há riscos de lesão na coluna cervical. Por isso, é recomendado deixar a pessoa em uma superfície plana, em que as costas estejam bem apoiadas.

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Dormir depois de uma batida na cabeça pode ser perigoso

É comum que algumas pessoas não deixem uma pessoa que acabou de sofrer um trauma na cabeça dormir ou tirar um cochilo. Isso está relacionado apenas ao fato de não conseguir fazer o devido monitoramento do indivíduo, já que enquanto ela estiver dormindo, não será possível saber se ele está com dor de cabeça ou dificuldade de falar, por exemplo.

Assim, é importante pedir para que a pessoa não durma por algum tempo até que os sintomas possam se manifestar.

Tratamento médico para batidas na cabeça

A ajuda médica é importante independente do caso. Por isso, é importante ficar atento para poder repassar as informações para quem for atender a pessoa. Além de dizer como o fato aconteceu, é preciso saber qual parte da cabeça foi atingida, além da força do impacto. Os sintomas devem ser explicados com clareza, ainda que eles tenham começado recentemente.

Diante desse cenário, é provável que o médico peça que a pessoa faça alguns exames, como o raio-x, ressonância magnética e tomografia computadorizada para saber a gravidade do trauma.

No caso de lesões simples, é provável que os sintomas sejam tratados com base em medicamentos. Nos casos mais graves, o tratamento será determinado pelo médico neurologista.

Apesar de comumente os traumas não causarem danos sérios, é preciso estar atento para os sintomas, pois ignorar eles pode ter consequências graves, em que poderá ter sequelas neurológicas definitivas ou até mesmo a morte cerebral.

(Escrito por Rafael Lédo, estagiário de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de Oliberal.com)

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