Líder religioso vende feijões que ‘curam coronavírus' e Ministério da Saúde é obrigado fazer alerta

Pastor Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus foram multados no valor de R$ 300 mil por fake news

Redação Integrada (com informações do portal UOL)
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O pastor Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, está comercializando “feijões milagrosos” que prometem ser a cura da covid-19. Para barrar a circulação desse tipo de conteúdo, o Ministério da Saúde foi intimado a incluir em seu site um alerta sobre os feijões. 

A decisão de intervir na disseminação de “fake news” relacionados aos fins terapêuticos do alimento, veio no plantão judiciário após uma nova solicitação do MPF (Ministério Público Federal) e serviu como reforço à ordem liminar da 5ª Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo de 27 de outubro. Na altura, a decisão foi emitida no âmbito da ACP (Ação Civil Pública), proposta pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão em São Paulo, que integra o MPF.

Foi determinado que "a União informe em site do Ministério da Saúde, em caráter contínuo, de forma cuidadosa e respeitosa, neutra, limitando-se a informar se há ou não eficácia comprovada do artefato (sementes de feijão/feijões) no que tange à covid-19".

No entanto, até o momento não foi encontrado nenhum material disponibilizado nas plataformas do ministério. Apenas foi disponibilizado um texto sobre alimentação e fake news, que enfatiza a importância de uma boa alimentação e os cuidados ao compartilhar informações falsas e sem comprovação científica. Mas, os feijões vendidos pelo pastor não foram encontrados nos arquivos.

A Justiça Federal divulgou uma nova decisão em 1º de janeiro deste ano, em que determina que o Ministério da Saúde inclua "referência expressa à 'feijão' e 'sementes de feijão' e 'se há ou não eficácia comprovada na sementes de feijões e a relação com a covid-19". A pasta tem cinco dias para cumprir a decisão.

O líder religioso Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus foram multados no valor de R$ 300 mil por danos sociais e morais coletivos por difundiram notícias falsas de efeitos terapêuticos.

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