Laudo aponta que Porsche estava a 156 km/h em acidente que deixou homem morto e outro ferido em SP
Carro de luxo estaria a 114,8 km quando se aproximou do outro veículo. Limite da via é de 50 km/h. Peritos devem usar drones para fazer imagens aéreas do local da colisão
Laudo da Polícia Técnico-Científica de São Paulo entregue à Polícia Civil na última segunda-feira (22/04), aponta que a velocidade média do Porsche conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho chegou a 156,4 km/h momentos antes de bater na traseira do Sandero do motorista de aplicativo, Ornaldo da Silva Viana, na Avenida Salim Farah Maluf, na madrugada do dia 31 de março, no Tatuapé, Zona Leste de São Paulo.
O limite da via é de 50 km/h. As informações são do g1. Ainda de acordo com a análise dos peritos, o carro de luxo estava a 114,8 km quando se aproximou do outro veículo. O carro da vítima transitou entre 40 km/h e 38,3 km/h. O acidente de trânsito matou o motorista de aplicativo. O estudante de medicina Marcus Vinícius Machado Rocha, que estava no banco de passageiro do Porsche, ficou gravemente ferido, mas já teve alta médica.
Além desse laudo, outras análises estão sendo produzidas pelo Instituto de Criminalística e pelo Instituto Médico Legal e serão entregues para a Polícia Civil, que investiga o caso. A pedido do Ministério Público, peritos devem utilizar drones para fazer imagens aéreas do local do acidente, com o objetivo de reconstituir os detalhes da colisão por meio de um scanner 3D.
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O empresário que dirigia o Porsche, Fernando Sastre, responde em liberdade após a Justiça de São Paulo negar dois pedidos de prisão contra ele. Fernando negou que estivesse dirigindo sob efeito de álcool e alegou que estava "um pouco acima" da velocidade permitida na via.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a sindicância aberta pela Polícia Militar concluiu, a partir da análise das imagens de câmeras corporais, que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao teste de alcoolemia. Por isso, foi aberto um procedimento para a responsabilização dos policiais.
Confira a nota da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo
"A Secretaria de Segurança Pública informa que a sindicância aberta pela Polícia Militar concluiu, a partir da análise das imagens de câmeras corporais, que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao teste de alcoolemia.
Diante disso, foi aberto um procedimento para a responsabilização dos policiais. Os laudos da perícia e as imagens das câmeras corporais também foram entregues à Polícia Civil. Nos próximos dias será realizada uma reconstituição 3D para auxiliar no trabalho de investigação, que está na fase final. O caso está sob segredo de Justiça e detalhes serão preservados".
(Beatriz Moura, estagiária sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)
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