Justiça determina bloqueio de bens de deputado para quitar dívidas trabalhistas
Acusado de aplicar golpes no Brasil e nos Estados Unidos, Luis Miranda (DEM-DF) enfrenta enxurrada de processos
O deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) está no centro de um escândalo que podem lhe custar a expulsão do partido. No último domingo (8), o programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu reportagem baseada em denúncias feitas por pelo menos 25 pessoas que acusam o parlamentar de aplicar golpes milionários no Brasil e nos Estados Unidos. Diante da repercussão do caso, a Executiva Nacional do Democratas pediu esclarecimentos e vai analisar a defesa do deputado. Dela dependerá sua permanência ou não no partido.
Luis Miranda entregou sua defesa à Assessoria Jurídica do partido sua defesa na última quarta-feira (11). A Executiva Nacional deve se reunir nos próximos dias para discutir a situação do parlamentar e as sanções aplicáveis ao seu caso.
Nesta quinta-feira (12), a justiça determinou o bloqueio de 30% do salário do deputado para quitar uma dívida trabalhista. Além da denúncia dos golpes, Luís Miranda responde a outros processos na Justiça e a estimativa é que a dívida chegue hoje a 9 milhões de reais.
Entenda o caso
O deputado Luis Miranda responde a quatro processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Distrito Federal. Todos têm relação com a compra de votos e abuso de poder econômico durante a campanha de 2018, acusações que o deputado nega. Os casos correm em segredo de Justiça e, segundo o tribunal, alguns podem ser agrupados.
Já quanto à denúncia feita pelo programa Fantástico, pesa sobre o parlamentar a acusação de ter aplicado golpes milionários em supostos sócios no Brasil e nos Estados Unidos para que investissem capital em uma empresa de sua propriedade.
A reportagem ouviu 25 pessoas que afirmam ter tido perdas financeiras após envolvimento com Miranda. Mas o total de pessoas lesadas pelo golpe chegaria a 250. Como argumento, elas afirmam que o retorno prometido pelo parlamentar com o investimento não aconteceu. O deputado classificou a reportagem do Fantástico como "tendenciosa" e diz que tudo está sendo pago no devido tempo, desmentindo a acusação de calote.
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