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Juíza usa meme do Homem-Aranha em despacho e gera polêmica

O episódio reacendeu o debate sobre o uso de uma linguagem mais acessível no Judiciário e o limite entre descontrair e preservar a formalidade das decisões

O Liberal

A juíza federal substituta da 1ª Vara Federal de Volta Redonda (RJ), Karine Dusse, gerou discussão no meio jurídico ao utilizar o meme do Homem-Aranha em um despacho judicial. O caso ocorreu em setembro de 2024, quando a magistrada recebeu um ofício destinado à 3ª Vara Federal de Volta Redonda, mas que foi equivocadamente encaminhado à sua unidade.

Para ilustrar a confusão administrativa, Karine incluiu no despacho uma referência ao famoso meme, no qual personagens idênticos apontam um para o outro como impostores. A imagem original é do episódio "Dupla Identidade" da série animada do Homem-Aranha de 1967, mas desde 2011 tem sido amplamente utilizada na internet para representar situações de confusão ou ironia.

Repercussão e resposta do TRF-2

A atitude levou o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), com jurisdição sobre os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, a emitir uma recomendação formal sobre o uso de expressões informais e elementos culturais em documentos judiciais. A corregedora Leticia de Santis Mello orientou os magistrados a agirem com “prudência e parcimônia” na utilização de recursos como memes e outras referências culturais.

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Em seu ofício, a corregedora destacou a importância de simplificar a linguagem no Judiciário, mas alertou para os riscos de comprometer a seriedade institucional. “Ainda que seja importante eliminar a excessiva formalidade em todas as comunicações do Poder Judiciário e assegurar que a linguagem utilizada seja simples e acessível à sociedade em geral, devem ser evitados elementos que possam suscitar dúvidas quanto à seriedade e decoro dos magistrados”, afirmou.

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