MENU

BUSCA

Adolescente é detido após atirar coquetéis molotov em homem em situação de rua

Crime foi transmitido ao vivo pela rede social Discord

Pedro Garcia

Um adolescente de 17 anos foi detido pela polícia após incendiar um homem em situação de rua que dormia na calçada da avenida Geremário Dantas, no bairro Pechincha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O crime ocorreu na última terça-feira (18) e foi transmitido ao vivo pelo aplicativo Discord, onde pelo menos 220 pessoas assistiam à cena.

A família do jovem se apresentou à delegacia após as imagens do crime se tornarem virais nas redes sociais. A Delegacia da Criança e Adolescente Vítima, em colaboração com o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça, conseguiu identificar o adolescente via conta de e-mail e da localização do IP.


VEJA MAIS

Homem em situação de rua é encontrado morto no bairro da Cremação, em Belém
Segundo moradores, a vítima consumia bebidas alcoólicas e drogas e tinha o costume de se queixar de fortes dores abdominais

Homem em situação de rua é morto à luz do dia em plena praça de Marituba
A vítima era conhecida na área e tinha problemas com dependência química e histórico criminal por roubo

Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado por um desafio em um grupo no Discord. Em troca, o adolescente receberia cerca de R$ 2 mil. Além disso, o jovem participa de comunidades ligadas a crimes de ódio, usando o codinome ‘Eu odeio favela’ e integrando outras comunidades de cunho neonazista.

Durante a apreensão do jovem, a polícia encontrou em seu celular material pornográfico infantil e conteúdos que promovem o nazismo. Ele foi autuado por tentativa de homicídio triplamente qualificado, associação criminosa e armazenamento de conteúdo pornográfico infantil.

A vítima foi socorrida e levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, de 46 anos, apresentando queimaduras de 3º grau. Ele teve queimaduras em quase todo corpo e está internado. O estado de saúde é considerado estável.

O adolescente responderá pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel, sem dar chance de defesa à vítima e por armazenamento de imagens de abuso sexual infantil. A polícia ainda tenta identificar quem assistiu à transmissão e o responsável por gravar o vídeo.

*(Pedro Garcia, estagiário de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)

Brasil