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Transfobia: influenciadora diz ter sido impedida de receber atendimento em clínica de bronzeamento

Conforme consta no documento, a proprietária da clínica teria feito um acordo com o marido de não atender mulheres trans

Carolina Mota

Na última terça-feira (03), a influenciadora trans Tchella Brandinny formalizou uma denúncia contra uma clínica de bronzeamento por ter sido impedida de receber atendimento no local, que fica em Santa Rita, na Grande João Pessoa, Paraíba. Segundo Tchella, a proprietária da clínica cancelou o atendimento afirmando que não poderia atender homens e transexuais porque "um acordo" feito com o marido que não permitiria.

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Em entrevista à uma rede de TV local, a influenciadora informou que costuma fazer as sessões de bronzeamento em outros estabelecimentos e nunca sofreu qualquer tipo de constrangimento. Nessa clínica, ela agendou a primeira sessão e dois dias depois a empresária entrou em contato para cancelar o atendimento. A mensagem dizia: “Na época que eu coloquei esse bronze eu e meu esposo fizemos um acordo, para eu não atender trans, gay ou homem. Assim eu tenho trabalhado até hoje sem atender”.

Ainda conforme o depoimento, Tchella afirmou ter ficado surpresa com as palavras direcionadas a ela pela proprietária da clínica. "Eu não agredi ninguém, não desrespeitei ninguém. Eu apenas agendei um bronze e a pessoa não soube ser profissional e simplesmente desmarcou me agredindo através da minha sexualidade, da maneira que eu sou e como sou”, relatou.

A denúncia foi registrada na Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa, e será encaminhada para o município onde ocorreu o caso, porque a unidade atende apenas João Pessoa.

Segundo o delegado Marcelo Falcone, que investiga o caso, a situação se enquadra na lei na Lei 7716/89, conhecida como Lei do Racismo, onde “Trata-se claramente de um crime de transfobia”.

A defesa de Cleverlânia Lucena Cunha, proprietária da BL Bronzeamento, nega a acusação e afirma que ela está à disposição para prestar esclarecimentos.

*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com

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