Idoso é espancado com uma cadeira pelo próprio filho e sofre lesões na cabeça
O suspeito teria se irritado com o pai após ter sido questionado sobre um "deboche" que o filho teve em relação ao estado de saúde da mãe
Um idoso de 81 anos foi espancado pelo próprio filho, de 44 anos, em em Jacupiranga, no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, após questioná-lo sobre uma atitude "desrespeitosa" com a mãe do suspeito. Vicente de Jesus Rodrigues foi alvo de soco, chute e levou uma cadeirada, onde foi necessário pontos na cabeça e no rosto.
O crime ocorreu na casa onde moram o suspeito, a vítima e a esposa do idoso. Segundo um outro filho de Vicente, o desentendimento teria começado após o suspeito, Mauro Souza Rodrigues, "debochar" do estado de saúde da mãe deles.
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Conforme o depoimento do irmão, a mãe deles tem problema na visão por conta da diabetes e sofreu uma queda no domingo (10). Vicente e Mauro ajudaram a idosa a se levantar e o suspeito começou a "benzer" a mãe com uma vara e foi questionado pelo pai sobre o gesto.
A pergunta deixou Mauro furioso, que passou a xingar o pai e foi ignorado por ele. A vítima das agressões, então, deixou o filho falando sozinho e foi mexer em uma bicicleta. "Quando o papai foi se abaixar, logo recebeu uma cadeirada. Em seguida, recebeu um chute, um soco e então os vizinhos chamaram a polícia", contou o outro filho do casal de idosos.
Vicente foi atendido na própria cidade e, em seguida, transferido para o Hospital Regional de Pariquera-Açu. Ele levou 21 pontos entre a cabeça e o rosto e segue em observação, pois sente tonturas.
Conforme depoimento, o suspeito fugiu mas foi encontrado pela polícia e preso de imediato. No entanto. em audiência de custódia, foi liberado. “A revolta da família é essa, não deu nem 24 horas e já soltaram ele”, lamentou.
De acordo com ele, o caso foi registrado como lesão corporal, mas deveria ter sido considerado tentativa de homicídio.
Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que o processo tramita em segredo de Justiça e as informações são de acesso restrito às partes e advogados. O órgão ainda ressaltou que não se pronuncia sobre questões jurisdicionais.
“Os magistrados têm independência funcional para decidir de acordo com os documentos dos autos e seu livre convencimento. Essa independência é uma garantia do próprio Estado de Direito. Quando há discordância da decisão, cabe às partes a interposição dos recursos previstos na legislação vigente”, disse, em nota.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Mirelly Pires