Hospital público proíbe pessoas de chinelo, camisa sem manga e bermuda e causa polêmica
As medidas de vestimentas causaram revolta em pacientes, visitantes e profissionais da unidade
O Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), no Distrito Federal, estabeleceu 'regras de vestimenta' para entrar na unidade. Um comunicado com a proibição de chinelo, sandália, camisetas sem manga, bermudas, vestido curto e outros, foi exposto em várias áreas do hospital. As informações são do Metrópoles.
Na terça-feira (28), o deputado distrital Chico Vigilante cobrou a suspensão das normas da unidade, que é gerida pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). Segundo ele, a proibição foi determinada pela segurança do HRSM. “Já encaminhei um ofício para o superintendente de saúde de Santa Maria para que afaste esse cidadão e reestabeleça o direito das pessoas usarem o que quiserem no hospital”, assinalou.
A medida gerou indignação nos profissionais, pacientes e visitantes, pois na hora da emergência, a pessoa não tem tempo para escolher como irá vestida para o hospital. Nas redes sociais, vários foram os indagamentos à vestimenta. "Quer dizer que a pessoa chega morrendo e eles analisam os trajes e calçado antes de atender o paciente?!", indagou um. "Um momento Sr. motorista do SAMU, fui atropelado por um ônibus mas preciso passar em casa para botar uma roupa adequada ao ambiente hospitalar", ironizou outra.
Em nota para o Metrópoles, o Iges-DF determinou que os cartazes fossem retirados da unidade e pediu desculpas pelo ocorrido. “O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF) informa que a Superintendência do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) assim que tomou conhecimento dos cartazes imediatamente determinou a retirada, o que já foi feito. O IGESDF pede desculpas à população e destaca que não faz parte das condutas adotadas em suas unidades fazer a restrição da entrada de seus pacientes em razão do vestuário”.