Homem que quebrou braço de idoso disse que foi ameaçado de morte antes
Vítima trabalha como motorista de aplicativo e ficará afastada por mais de dois meses
O motorista responsável por quebrar o braço de um idoso durante uma briga de trânsito na semana passada, em São Paulo, afirmou que cometeu a agressão após ser ameaçado de morte pela vítima. João Batista Dias, de 52 anos, diz que apenas se defendeu porque o outro motorista estava armado. Em entrevista ao G1 Nacional, o motorista contou que a briga começou dois quarteirões antes porque o idoso estava dirigindo muito devagar por uma avenida.
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Uma testemunha que preferiu não se identificar disse que o agressor gritava frases como: "Sabe com quem está falando?" e "Sabe para quem você buzinou?".
"Ao perceber que ele não ia dar passagem, passei pela direita. Acho que ele ficou um pouco enfurecido. E eu, percebendo, atravessei o sinal de atenção de amarelo para vermelho, e ele passou atrás. Quando parei, ele emparelhou comigo, me ameaçando de morte. Ele falou: 'você quer morrer?'. E fez um sinal de 'arminha' para mim. Fui seguindo, porque ele me fechou de novo", conta Dias.
Depois que os carros ficaram emparelhados, Dias afirma que viu o outro motorista se abaixando no banco do carro e imaginou que ele estivesse pegando uma arma.
"Ele já tinha feito um sinal de arminha para mim. Foi uma fração de segundos. Pulei do carro e peguei o braço dele, que estava para empurrar o meu peito", lembrou.
Dias contou que realmente viu uma pistola no console do carro do outro motorista. Por isso, continuou segurando o braço do homem.
"Se ele tinha feito um sinal de arminha, ele ia pegar uma arma de verdade. E realmente ele pegou. Foi a hora que eu falei: 'Põe o braço para fora'. E, quanto mais ele não punha, mais eu apertava."
O agressor disse que, quando o sinal abriu, ninguém foi ajudá-lo e não havia policiamento nenhum na região.
"Quebrei o braço dele. Dá para ver isso na filmagem claramente, não vou mentir. Estou aqui para expor isso, por Justiça. Quis quebrar o braço dele porque eu não tinha opção. Se não quebro, quando eu virasse as costas, ele me baleava. Eu ia ser só uma vítima fatal", afirmou.
(*Emilly Melo, estagiária, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do Núcleo de Política)
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