Homem fantasiado de jacaré é preso por boca de urna na Paraíba durante as eleições 2024
Segundo testemunhas, o homem estava gritando o número do candidato, causando aglomeração na zona eleitoral
Um caso inusitado marcou as eleições municipais deste domingo (6) em Santa Rita, região metropolitana de João Pessoa, Paraíba. Um homem foi preso por realizar boca de urna fantasiado de jacaré, enquanto promovia propaganda irregular em uma zona eleitoral da cidade.
A detenção ocorreu no início da tarde, quando ele foi flagrado pela Polícia Militar provocando aglomeração e gritando o número de seu candidato, Jackson Alvino (PP), em provocação ao adversário Nilvan Ferreira (Republicanos), que, segundo relatos, é apelidado de forma pejorativa com o nome do animal.
O homem foi encaminhado inicialmente para a 6ª Delegacia Distrital e, posteriormente, transferido para a sede da Polícia Federal em João Pessoa, que está responsável por tratar os casos de crime eleitoral. Segundo o boletim de ocorrência, ele não foi o único preso. Outro homem também foi detido no mesmo local pelo mesmo crime, porém sem fantasia.
Ambos responderão por propaganda eleitoral irregular, mas os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
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Crimes eleitorais no Brasil
226 eleitores e 21 candidatos foram presos durante as eleições municipais ao redor do país. Segundo o Ministério da Justiça, foram catalogadas, até às 18h33 de domingo (6),1.759 crimes eleitorais e comuns no dia do primeiro turno. Os crimes eleitorais mais registrados foram: boca de urna, propaganda irregular e compra de votos.
Entre as 911 ocorrências, a polícia também apreendeu cerca de R$ 200 em mil dinheiro irregular. Conforme as autoridades, os crimes mais graves registrados foram um homicídio em Canoas (RS) na frente de uma escola; tentativa de feminicídio dentro do local de votação em Aracaju (SE); tentativa de homicídio contra vereador em Redenção da Serra (SP).
Apesar dos registros, após o fechamento das urnas, a presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, disse que a votação ocorreu dentro da normalidade no país. "Com tranquilidade, sem hostilidades maiores. Um ou outro que se exalta, mas tudo dentro da mais absoluta normalidade", falou a ministra.
*(Hannah Franco, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Felipe Saraiva, editor web de OLiberal.com)
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