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Homem é levado à prisão após pedir ajuda de polícia para socorrer sobrinha baleada em confronto

Tiago Marques de Oliveira não possui antecedentes criminais e trabalha há dois anos como estoquista

O Liberal

Durante uma operação policial, agentes prenderam um rapaz, de 28 anos, acusado de trocar tiros com militares no último sábado (30), no morro do Salgueiro, no bairro da Tijuca, na zona norte do Rio de Janeiro. Na ocasião, o homem chegou a ser ferido na região do ombro ao tentar socorrer uma prima, de 14, baleada na perna. As informações são do portal UOL.

Tiago Marques de Oliveira, que não possui antecedentes criminais, trabalha como estoquista há dois anos e é progenitor de um menino de quatro anos. Segundo familiares da vítima, ele estaria na comunidade na companhia do pai para receber uma cesta básica e ambos resolveram ficar em um bar da família conversando, quando foram pegos de surpresa por um tiroteio.  

Em entrevista ao UOL, Leonardo de Oliveira Leite, primo de Tiago, contou que os policiais estavam atirando de cima de um muro, enquanto o rapaz tentava proteger as pessoas próximas dentro do estabelecimento.

"Mesmo sangrando, ele chegou a tirar o casaco e botar na perna da minha sobrinha que estava ferida. Os policiais só viram o Tiago no chão", relembra.

Ao tentar pedir ajuda à polícia para socorrer a adolescente baleada, Tiago teria sido encaminhado ao hospital  no banco de trás da viatura da PM, sem algemas. Mas, após receber os primeiros socorros, ele teria sido preso e acusado de ter sido o mandante do crime. 

“Depois de receber atendimento, ele foi algemado para prestar esclarecimentos e chegando lá [na delegacia] que os PMs falaram que ele estava sendo preso por trocar tiros com eles. Ele ficou desesperado. Disse: 'Não faz isso comigo! Meu sonho é ser policial civil", disse Leonardo. 

Prisão

Ainda na última segunda-feira (2), o Tribunal de Justiça do Rio decidiu, após uma audiência de custódia, manter Tiago na prisão. O advogado de defesa do rapaz,  Carlos Alberto Barbosa,  afirma ter existido irregularidades no ocorrido, tendo em vista que a delegacia não solicitou exames que detectam pólvora nas mãos da pessoa.

Em nota, a  Polícia Civil não explicou o motivo de não ter solicitado o exame residuográfico para Tiago. Mas, afirmou que Tiago foi preso por ter participado do confronto e que será instaurado um inquérito para apurar o caso. 

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Polícia Civil. As investigações devem ser acompanhadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Brasil