Hacker que desviou valores do Auxílio Emergencial é preso pela PF
Estima-se que o valor desviado ultrapassa os R$ 50 milhões
Na tarde a última quarta-feira (17), Um hacker foi preso pela Polícia Federal, em Goiânia (GO), suspeito de envolvimentonos crimes investigados na Operação Apateones, deflagrada em 07 de março. O objetivo da investigação é desarticular uma organização criminosa de fraudes ao programa Auxílio Emergencial.
A PF informou que o preso já havia sido alvo de um mandado de busca e apreensão. Na ocasião, quando notou a presença dos policiais, o criminoso jogou seu computador e celular pela janela do apartamento onde morava.
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Momentos antes de ser preso novamente, o hacker quebrou o próprio celular na tentativa de esconder elementos que comprovassem a sua participação no esquema. O autor será encaminhado ao presídio da cidade de Goiânia onde guardará audiência de custódia.
Operação Apateones
Cerca de 200 policiais federais participaram da Operação, cumprindo mandados de busca e dois mandados de prisão preventiva, expedidos pela Vara Federal de Campinas, em 12 estados: Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo e Tocantins, além do Distrito Federal.
As investigações começaram em 2020, a partir de informações cedidas pela Caixa Econômica Federal à PF, em Brasília. O banco enviou dados sobre 91 beneficiários que tiveram os auxílios fraudados, totalizando o valor de R$54,6 mil.
O dinheiro foi desviado para duas contas bancárias, uma de pessoa física e outra de pessoa jurídica, em uma cidade no interior de São Paulo. A partir de investigação da delegacia de Polícia Federal em Campinas, foram reveladas milhares de outras fraudes.
Após isso, foram descobertas cerca de 360 contas do Auxílio Emergencial fraudadas por meio de pagamento de boletos e transferências bancárias. A estimativa é que o valor desviado ultrapasse R$ 50 milhões, com mais de 10 mil contas fraudadas.
Os 37 envolvidos na operação são investigados pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato e organização criminosa, cujas penas somadas ultrapassam 22 anos de reclusão.
*(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)
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