Governo federal lança nesta segunda programa para reduzir filas no sistema público de saúde

Iniciativa vale para cirurgia eletiva, exames e consultas especializadas, e o orçamento é de R$ 600 milhões

O Liberal
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Um programa elaborado para reduzir filas do Sistema Único de Saúde (SUS) para cirurgias eletivas, exames complementares e consultas especializadas será lançado nesta segunda-feira (6) pelo governo federal, em cerimônia no Rio de Janeiro, a partir das 15h. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participarão do evento de lançamento.

Com o nome "Programa Nacional de Redução de Filas", a iniciativa terá orçamento inicial de R$ 600 milhões, conforme previsto na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, valor que será repassado a Estados e municípios, segundo o Ministério da Saúde.

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Um dos objetivos do programa é "assegurar apoio técnico e financeiro a Estados e municípios para responder ao problema crônico das filas de cirurgias eletivas, exames e consultas na atenção especializada". A Pasta diz que essas filas têm crescido em decorrência do envelhecimento da população; do aumento de doenças crônicas não transmissíveis; e das sequelas da covid-19.

Em nota, o Ministério da Saúde informa que “critérios e detalhes” para o repasse dos valores aos fundos dos Estados e municipais de saúde serão publicados em portaria. "Cada Unidade Federativa terá que entregar um diagnóstico com a real demanda local por cirurgias, assim como um planejamento para executar o programa de redução das filas, para que seja estipulada a liberação de recursos. Estados e municípios devem apresentar o quantitativo de procedimentos realizados e dimensionar a redução", diz o texto.

Serão duas dimensões incluídas no programa, sendo uma emergencial, focada no aumento imediato da oferta de cirurgias, exames e consultas. A outra será estruturante, dedicada à "melhoria dos processos de gestão das filas e do fluxo de atendimento dos usuários (sistema de regulação) e qualificação da atenção básica".

Reduzir demandas para a atenção especializada será o principal foco da qualificação da atenção básica, de acordo com o Ministério, e possibilitará um número maior de médicos disponíveis nas equipes de atenção básica, assim como investimento em capacitação e uso mais intenso de tecnologias como telessaúde.

A primeira fase do programa vai até junho de 2023. Dos R$ 600 milhões previstos para o ano, R$ 200 milhões serão repassados "imediatamente" para apoio na execução de planos locais que incentivem a organização de mutirões em todo país, de forma a "desafogar a demanda represada".

Já os outros R$ 400 milhões serão repassados a depender da quantidade de cirurgias realizadas, principalmente as abdominais, as ortopédicas e as oftalmológicas. A segunda fase inclui exames diagnósticos e consultas especializadas, com foco em tratamentos oncológicos.

O programa conta com a participação de seis hospitais federais e de três institutos nacionais (câncer, cardiologia e traumato-ortopedia), na cidade do Rio de Janeiro, além de 41 hospitais universitários.

A criação do Programa Nacional de Redução de Filas foi aprovada no dia 26 de janeiro durante a primeira reunião anual ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CTI), formada por Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

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